O anúncio do governo dos Estados Unidos na 6ª feira (11.abr.2025) para isentar smartphones e chips do tarifaço beneficia big techs, em especial a Apple.
A empresa comandada por Tim Cook usa peças de vários países para fabricar seus iPhones e grande parte da montagem é feita na China, taxada pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano) em 145%.
Com as novas tarifas, o custo do modelo 16 Pro de 256 GB, por exemplos, passaria de US$ 549,73 para US$ 1.348,84 em simulação com a elevação de 145% para produtos da China.
Desta forma, a big tech teria de optar entre lucrar menos ou repassar a alta do custo ao consumido, o que encareceria o produto nas lojas.
Para tentar driblar o aumento de preços dos iPhones e outros dispositivos eletrônicos, a Apple enviou 5 aviões com seus produtos saindo da Índia para os Estados Unidos e outros países, segundo a imprensa indiana.
O objetivo foi abastecer os estoques com as mercadorias da empresa durante a última semana de março, antes da implementação do tarifaço do presidente norte-americano.
Além da isenção a smartphones, a orientação da Alfândega e Proteção de Fronteiras também inclui exclusões para outros dispositivos e componentes eletrônicos, incluindo semicondutores, células solares, telas planas de TV, pen drives, cartões de memória e unidades de estado sólido usadas para armazenar dados.
Os produtos que não estarão sujeitos às novas tarifas de Trump também incluem máquinas usadas para fabricar semicondutores. Isso é importante para a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company), que anunciou um novo investimento de US$ 165 bilhões nos EUA em março, bem como para outros fabricantes de chips.
Trump também impôs taxas de 10% a vários outros países em 2 de abril, incluindo o Brasil. As tarifas adicionais acima deste percentual estão pausadas por 90 dias.
A China, país com a tarifa mais alta imposta pelo presidente norte-americano, retaliou a medida e também aplicou taxas de 125% aos Estados Unidos. Entraram em vigor neste sábado (12.abr).