• Quarta-feira, 12 de março de 2025

Cientistas acreditam ter descoberto a verdadeira causa do Alzheimer

Hipótese propõe que origem do Alzheimer é anterior aos acúmulos de proteínas tóxicas no cérebro dos pacientes

Pesquisadores norte-americanos sugerem uma O aparecimento da doença neurodegenerativa é frequentemente creditado ao acúmulo de , mas o novo estudo sugere que o início da condição pode ser anterior a isso. A pesquisa, publicada na quinta-feira (6/2) , indica que grânulos gerados pelo estresse celular podem se formar no cérebro. Ao ficar “no meio do caminho” dos neurônios, esses grânulos seriam responsáveis por interromper a comunicação entre eles, além de dificultar seu reparo, o que pode ser a raiz da doença. A hipótese de origem do Alzheimer Os grânulos de estresse são aglomerados de proteínas e RNA que se formam em resposta ao estresse oxidativo, causado pelo excesso de radicais livres no organismo. Entre os gatilhos para o aumento de radicais livres, estão alimentação de má qualidade, tabagismo, consumo de álcool, prática de exercício físico em excesso, estresse, falta de sono, doenças, infecções e envelhecimento. Os cientistas do Instituto de Biodesign da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, propõem que os grânulos interrompem a comunicação entre o núcleo e o citoplasma das células, causando. Na imagem, dois neurônios pontilhados de grânulos em contraste com um saudável (no meio), todos de uma mesma paciente com Alzheimer A pesquisa foi feita a partir da revisão de artigos anteriores, para identificar mudanças generalizadas na expressão genética que acompanham a doença. De acordo com os pesquisadores, a interrupção progressiva da comunicação entre os neurônios afeta mais de mil genes e altera a expressão genética das células produzidas posteriormente, prejudicando funções essenciais, como o metabolismo e a sobrevivência celular. “Nossa proposta oferece uma estrutura plausível para entender os mecanismos que permitem o aparecimento dessa doença complexa. Essa descoberta pode alterar quando o Alzheimer pode ser detectado e quando a intervenção deve começar”, afirma o neurocientista Paul Coleman, líder do estudo, em comunicado à imprensa. O papel dos grânulos de estresse Normalmente, os grânulos de estresse protegem as células durante condições adversas, dissolvendo-se quando o estresse diminui. No Alzheimer, porém, eles persistem e se tornam patológicos, prendendo moléculas vitais e interrompendo o tráfego celular. No início, estudos anteriores focaram como origens do problema o aparecimento de placas amiloides e emaranhados de proteína tau, mas nenhuma teoria unificou esses fenômenos como faz a hipótese dos grânulos de estresse. “Essas mudanças radicais ocorrem muito cedo, antes dos sintomas”, explica Coleman. Tratamentos precoces que visem aos grânulos de estresse podem prevenir o surgimento de placas amiloides e emaranhados de tau, mudando o foco do tratamento para a prevenção. O Alzheimer leva a sintomas que variam desde perda de memória a mudanças de personalidade. Apesar de mais de um século de pesquisa e bilhões de dólares investidos, ainda não há cura para a condição. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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