O primeiro-ministro da China, Li Qiang (PCCH), criticou práticas comerciais unilaterais durante a abertura oficial da 8ª CIIE (Exposição Internacional de Importações da China) em Xangai nesta 4ª feira (5.nov.2025). Sem mencionar diretamente os Estados Unidos, Li afirmou que alguns países buscam “se beneficiar aos custos de outros” e ressaltou a disposição da economia asiática em “compartilhar o mercado comercial com o resto do mundo”.
A feira se dá em um momento decontraste entre as duas maiores economias globais em questões comerciais. A China utiliza a exposição para evidenciar sua abertura a investimentos externos enquanto o presidente norte-americano, Donald Trump (republicano), aplica tarifas comerciais a outras nações, como o Brasil.
Li Qiang criticou o aumento de medidas restritivas econômicas e comerciais em nível global. Declarou que muitas companhias enfrentam dificuldades crescentes para realizar negócios, especialmente em países em desenvolvimento. Segundo ele, desde o início de 2025, as diversas barreiras tarifárias perturbam gravemente a ordem econômica e comercial global.
O premiê chinês ainda sinalizou os 3 pontos principais que o país busca reforçar: igualdade e benefícios mútuos nas relações comerciais, defesa da “justiça” nas negociações internacionais e avanço nas regras de comércio global. A CIIE é considerada um evento chave para atingir esses propósitos.
O evento começa uma semana depois que Trump anunciou, em 30 de outubro, a redução das tarifas contra produtos chineses de 57% para 47%. Esta foi a 1ª medida implementada após o encontro com presidente chinês Xi Jinping (PCCH).
Nas edições anteriores, o evento em Xangai atraiu um investimento acumulado de 5 bilhões de dólares, apresentando novos produtos e tecnologias internacionais.
O evento conta com 4.108 expositores estrangeiros de 155 países, regiões e organizações internacionais. A exposição, que se estenderá até 10 de novembro no Centro Nacional de Exposições e Convenções de Shanghai, ocupa uma área total superior a 430.000 metros quadrados, estabelecendo um novo recorde em termos de dimensão.
O Brasil participa da exposição por meio da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que está presente em conjunto com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), além da empresa JBS.





