• Quarta-feira, 22 de outubro de 2025

China expulsa avião militar australiano de espaço aéreo

Pequim diz que o Exército agiu de forma justificada, enquanto a Austrália considera a manobra "não profissional".

O Ministério da Defesa chinês afirmou nesta 4ª feira (22.out.2025) que as ações do Exército para expulsar um avião militar P-8A da Austrália que teria invadido seu espaço aéreo foram “justificadas, legais, profissionais e contidas”. O episódio se deu no domingo (19.out) sobre a região Xisha Qundao, também conhecida como ilhas Paracelso, no mar do Sul da China –área que Pequim considera parte de seu território.

O porta-voz Jiang Bin informou que Comando do Teatro Sul do ELP (Exército de Libertação Popular) organizou forças navais e aéreas para realizar rastreamento e vigilância, tomar fortes contramedidas e emitir avisos para afastar o avião australiano.

O governo da Austrália afirmou que uma aeronave militar chinesa liberou sinalizadores “em proximidade próxima” ao seu jato de patrulha sobre o mar do Sul da China. O Departamento de Defesa australiano disse em comunicado na 2ª feira (20.out) ter manifestado preocupação a Pequim em relação à manobra que considerou “insegura e não profissional”.

Jiang Bin afirmou que a alegação do lado australiano distorce os fatos e transfere a culpa para a China, numa tentativa de “ocultar a intrusão ilegal de sua aeronave militar”.

O caso marca mais um desgaste em um contexto de tensões entre os países. Na 2ª feira (20.out), premiê da Austrália, Anthony Albanese (Partido Trabalhista, centro-esquerda), e o presidente norte-americano, Donald Trump (republicano), assinaram em Washington D.C. um acordo para estabelecer o fornecimento e o processamento de minerais críticos e terras raras, com o objetivo de reduzir o domínio da China na exploração do material.

Em resposta, Pequim afirmou que países com terras raras deveriam assumir “um papel proativo” na estabilização de suas cadeias de suprimentos de minerais críticos.

Por: Poder360

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