A China se tornou o principal mediador do confronto entre a Tailândia e o Camboja. Os conflitos entre os 2 países do Sudeste Asiático já mataram ao menos 101 pessoas e deixaram 500 mil desalojados na região fronteiriça entre os países.
No sábado (27.dez), Tailândia e Camboja assinaram um cessar-fogo que foi costurado com influência chinesa. A China enviou um representante para dialogar com autoridades dos 2 países ao longo de 6 dias.
Em 18 de dezembro, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi (Partido Comunista da China), telefonou para seus equivalentes dos 2 países para iniciar as tratativas da trégua.
Agora com o acordo assinado, Wang Yi se encontrará com seu homólogo cambojano, Prak Sokhonn, e o ministro das Relações Exteriores da Tailândia, Sihasak Phuangketkeow, na província de Yunnan, no sudoeste da China, para consolidar o cessar-fogo. A reunião será neste domingo (28.dez) e deve se estender até 2ª feira (29.dez).
“A China desempenhará um papel construtivo na consolidação do cessar-fogo, na restauração das trocas, na reconstrução da confiança política mútua, na obtenção de uma virada nas relações e na manutenção da paz regional à sua maneira”, informou o Ministério das Relações Exteriores da China.
A consolidação do cessar-fogo será uma demonstração de solidez na influência da diplomacia chinesa na região. A Tailândia e o Camboja já negociaram outros acordos de paz, mas que colapsaram.
O último cessar-fogo foi mediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), e pelo primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim (Partido da Justiça Popular, centro-esquerda) em outubro de 2025.
As disputas territoriais entre Tailândia e Camboja têm mais de 100 anos de história. Os 2 países contestam a soberania em vários pontos não demarcados ao longo dos 817 km de fronteira terrestre.





