• Quinta-feira, 9 de outubro de 2025

China amplia controle sobre exportação de elementos de terras raras

Novas regras exigem licenças e proíbem uso militar de tecnologias ligadas à extração e fundição.

O Ministério do Comércio da China anunciou nesta 5ª feira (9.out.2025) uma série de novas medidas de controle sobre a exportação de itens e tecnologias relacionadas às chamadas terras raras.

Os anúncios foram feitos por meio dos documentos nº 61 e nº 62, publicados no site oficial do ministério chinês. As medidas têm como objetivo “salvaguardar a segurança e os interesses nacionais” e “proteger a estabilidade da cadeia de suprimentos”.

As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos usados, por exemplo, na área de defesa –aviões de caça e submarinos– e em produtos modernos —smartphones, câmeras digitais e LEDs.

A China é líder nesse mercado. Tem as maiores reservas e extrai os maiores volumes. Também está na frente da exploração dos elementos das terras raras.

As normas, que entraram em vigência a partir da publicação do anúncio, determinam:

As companhias também deverão emitir um “aviso de conformidade” ao transferirem ou exportarem produtos controlados, informando o país e o destino final.

De acordo com o documento nº 61, em 1º de dezembro de 2025, as seções 1 (I) e 1 (II) entram em vigor, sendo elas:

Segundo o Ministério do Comércio, a decisão busca evitar que tecnologias sensíveis sejam usadas para fins militares ou em áreas consideradas estratégicas fora do território chinês. As licenças de exportação serão concedidas caso a caso.

Produtos destinados a fins humanitários ou emergenciais estarão isentos das restrições, mas precisarão de notificação prévia ao governo.

O porta-voz da pasta afirmou que os itens relacionados às terras raras têm “uso duplo”, civil e militar, e que impor controles de exportação é “prática internacional comum”.

“A China está disposta a fortalecer a comunicação e a cooperação com todas as partes por meio de mecanismos de diálogo multilaterais e bilaterais sobre controle de exportações para promover o comércio em conformidade”, declarou.

Também reiterou que as restrições “não são direcionadas a nenhum país específico”, e reforçou o interesse do governo chinês em preservar a estabilidade das cadeias globais de produção e fornecimento.

Por: Poder360

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