• Sábado, 4 de outubro de 2025

Chá anti-inflamatório de flor do Cerrado alivia azia e estufamento

Chá se popularizou por causar alívio de sintomas digestivos e por ser coadjuvante no tratamento contra a bactéria Helicobacter pylori

, tem ganhado espaço em pesquisas e também na fitoterapia. Utilizado historicamente como cicatrizante e no tratamento de problemas estomacais, o extrato da planta também pode auxiliar no tratamento contra a bactéria Helicobacter pylori, associada a gastrite, úlcera e até câncer gástrico. Há muito tempo (Lafoensia pacari) foi tema da tese de doutorado de Valfredo da Mota, em 2006. O ensaio clínico avaliou o uso do extrato da planta no tratamento da H. pylori e concluiu que, embora não houvesse erradicação da bactéria, os pacientes relataram melhora expressiva de sintomas como dor abdominal e azia. Leia também Embora existam cápsulas padronizadas com o extrato da planta utilizadas em pesquisas, Segundo os especialistas, a planta também concentra compostos como taninos e flavonoides, que possuem ação antioxidante e anti-inflamatória. Para o professor  de nutrição Leandro Rodrigues da Cunha, da Universidade Católica de Brasília, ainda restam lacunas na padronização do extrato, mas o potencial como fitoterápico é promissor. “São necessários novos ensaios com doses e períodos maiores e, sobretudo, associação com antibióticos para avaliar o papel coadjuvante na erradicação da H. pylori”, esclarece. Benefícios do chá de mangava-brava  Alívio da azia e queimação;  Redução da sensação de estufamento;  Ação anti-inflamatória gástrica;  Melhora de sintomas de náusea leve;  Possível efeito cicatrizante da mucosa estomacal;  Apoio à digestão em casos de dispepsia funcional;  Potencial adjuvante no tratamento de H. pylori, quando associado à terapia convencional. Foto colorida de flor branca com centro amarelo e folhas verdes - MetrópolesChá da flor de mangava-brava, encontrada no Cerrado, pode ajudar na saúde gástrica com potencial contra a bactéria H. pylori interessante para quem sofre de desconfortos gástricos leves, especialmente como complemento a mudanças alimentares e ao tratamento médico convencional. No entanto, os especialistas alertam que ele não substitui o protocolo com antibióticos e inibidores de bomba de prótons, que continuam sendo fundamentais para erradicar a H. pylori, por exemplo. Como preparar o chá de mangava-brava Ingredientes: 1 colher de sopa da casca de mangava-brava (seca e triturada) 250 mL de água Modo de preparo: Ferva a água e desligue o fogo. Adicione a casca da mangava-brava. Tampe e deixe em infusão por 10 minutos. Coe o chá e consuma ainda morno, até duas vezes ao dia, por no máximo 14 dias. caso provoque náusea, e deve ser espaçado de medicamentos ou suplementos em pelo menos duas horas, para evitar redução na absorção de nutrientes ou fármacos. Cuidados e contraindicações Apesar dos benefícios, o chá não é indicado para todos. Pessoas gestantes, com alergia a plantas/taninos ou que tenham doenças graves do trato gastrointestinal — Entre os possíveis efeitos adversos estão náusea, vômito, dor abdominal e reações cutâneas leves. Para a nutricionista, Giovana Ferolla, do Hospital Municipal Universitário de Taubaté, ainda são necessários novos estudos com maior número de pacientes, diferentes métodos de extração da planta e maior tempo de acompanhamento dos efeitos nos pacientes. “O maior desafio é padronizar o extrato da mangava-brava, garantindo qualidade, estabilidade e dosagem adequada antes que seu uso seja ampliado na prática clínica.” explica. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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