As IDF (Forças de Defesa de Israel) anunciaram nesta 6ª feira (10.out.2025) que o acordo de cessar-fogo com o Hamas entrou em vigor ao meio-dia (6h em Brasília).
Em comunicado, as IDF afirmaram que as “tropas começaram a se posicionar ao longo das novas linhas de destacamento em preparação para o acordo de cessar-fogo e o retorno dos reféns”.
No texto, as forças israelenses acrescentaram que as tropas no Comando Sul “estão posicionadas na área e continuarão a eliminar qualquer ameaça imediata”.
Na 5ª feira (9.out), o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (Likud, direita), aprovou o acordo proposto pelos EUA para encerrar a guerra na Faixa de Gaza.
O acordo foi aprovado em uma reunião que teve a presença de todos os ministros de Netanyahu e dos enviados dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff e Jared Kushner.
Depois da reunião, o primeiro-ministro afirmou que Israel lutou por 2 anos “para conseguir seus objetivos de guerra” e “está prestes a conseguir” o retorno dos 48 reféns mantidos ainda pelo Hamas. Estima-se que ao menos 20 ainda estejam vivos.
O chefe da equipe de negociação do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou ter recebido dos EUA garantias de que a 1ª fase do acordo de paz “encerra definitivamente” a guerra. Segundo a Al Jazeera, al-Halyya disse que 250 palestinos condenados à prisão perpétua em Israel serão libertados, assim como 1.700 palestinos de Gaza detidos.
O chefe do Hamas também declarou que o grupo militar está em processo de cumprir as outras condições do plano. Um dos pontos do acordo de paz é o desarmamento do grupo, que se manifestou contra, ao dizer que “nenhum palestino aceita o desarmamento”.
Uma autoridade dos EUA disse à AP (Associated Press) que cerca de 200 soldados norte-americanos serão enviados a Israel para apoiar e monitorar o cessar-fogo. O Comando Central dos EUA instalará um “centro de coordenação civil-militar” para facilitar o envio de ajuda humanitária e garantir apoio logístico e de segurança à Faixa de Gaza.
Segundo a agência, os militares permanecerão em Israel e não entrarão em território palestino. A operação contará com a participação de países parceiros, ONGs e empresas privadas.