Boletim publicado pela Fundação do Câncer nesta 3ª feira (5.ago.2025) informou que o Brasil enfrentará um aumento de 36,3% na mortalidade por câncer colorretal de 2026 a 2040. A doença foi a causa da morte da cantora Preta Gil, que morreu em 20 de julho, aos 50 anos. Eis a íntegra da análise (PDF – 5 MB).
As projeções mostram que o total de óbitos por câncer de cólon e reto no país passará de 146.441 no período de 2026 a 2030 para 199.613 de 2036 a 2040. O risco de morte aumentará de 13,52 para 18,07 óbitos a cada 100.000 habitantes nos mesmos intervalos.
Entre os homens brasileiros, a mortalidade por câncer colorretal crescerá 35% até 2040. Para as mulheres, o aumento será ainda maior, atingindo 37,63% no mesmo período. Os dados confirmam a tendência já indicada na edição anterior do mesmo boletim.
O câncer de cólon e reto ocupa a 3ª posição entre os tipos mais comuns de câncer no país. A doença pode ser evitada e tratada quando diagnosticada em estágios iniciais.
A análise regional mostra que o Sudeste concentrará o maior número absoluto de mortes por câncer colorretal, com aumento projetado de 34% até 2040. A região Norte, por sua vez, apresentará o maior crescimento percentual, com elevação de 49,6%.
Segundo a Fundação do Câncer, a tendência de aumento na mortalidade pode ser revertida. Para isso, são necessárias medidas como a adoção de hábitos saudáveis pela população, incluindo manutenção de peso adequado, alimentação balanceada e prática regular de atividade física.
O documento recomenda a adoção de estratégias integradas que envolvam educação em saúde, fortalecimento da atenção básica e investimentos na capacidade diagnóstica e terapêutica.