Lançada em 1º de junho de 2018, a camisa da seleção da Nigéria para a Copa do Mundo da Rússia se tornou um item de colecionador.
Desenvolvida pela Nike em parceria com o designer Matthew Wolff, a peça recebeu 3 milhões de pré-encomendas e esgotou em minutos, segundo a rede BBC.
Vendida inicialmente por 64,95 libras (cerca de R$ 440 na cotação da época), a peça hoje é comercializada por 199,99 libras (cerca de R$ 1.355), mais que o dobro do valor inicial, segundo o site especializado em camisas de time Classic Football Shirts.
O design, inspirado na estreia da Nigéria em Copas do Mundo em 1994 (que tinha um verde mais escuro), foi descrito por especialistas como um marco na história dos uniformes esportivos.
No dia do lançamento, filas se formaram em frente à loja da Nike em Londres, e todos os itens da coleção —como jaquetas, bonés e shorts— foram vendidos no mesmo dia.
Embora a seleção nigeriana não tenha passado da fase de grupos na Copa, o impacto do uniforme ultrapassou o desempenho em campo. Em 2019, a camisa foi indicada ao Beazley Designs of the Year, prêmio concedido pelo Design Museum, no Reino Unido.
Peter Hoppins, diretor sênior de design da Nike de 2016 a 2020, revelou que o projeto teve como estratégia dividir os uniformes entre tradição e ousadia. “Dissemos: ‘Ok, vamos manter um dos uniformes tradicional e no outro, vamos ousar ao máximo’”, contou ao site The Athletic.
Segundo ele, a camisa enfrentou resistência de dirigentes conservadores. Para aprovar o design final, foi necessário envolver jogadores e o presidente da federação nigeriana. “Isso foi um pouco uma tática de nossa parte”, afirmou.
