O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), juntamente com a Mesa Diretora, decidiu indicar a suspensão do mandato por 6 meses de 6 deputados envolvidos no tumulto causado no plenário da Casa na 4ª feira (6.ago). O pedido será enviado para a Corregedoria Parlamentar.
Dos 6 congressistas, 5 são da oposição e tiveram papel central na obstrução das atividades legislativas. São eles: Marcel van Hatten (Novo-RS), Zé Trovão (PL-SC) Marcos Pollon (PL-MS), Julia Zanatta (PL-SC) e Paulo Bilynskyj (PL-SP).
Já Camila Jara (PT-MS) foi incluída depois de um requerimento apresentado pelo PL por uma possível agressão a Nikolas Ferreira (PL-MG) durante o episódio.
“A Mesa da Câmara dos Deputados se reuniu nesta sexta-feira, 8 de agosto, para tratar das condutas praticadas por diversos deputados federais nos dias 5 e 6. A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise”, disse a Secretaria Geral da Mesa em nota.
Para o afastamento passar a valer, ainda é necessário ser aprovado pelo Conselho de Ética, que tem de 3 a 5 dias úteis para deliberar sobre a proposta depois da decisão da Corregedoria.
O PT foi o responsável por apresentar os requerimentos para suspender os 5 congressistas da oposição.
Congressistas da oposição ocuparam a Mesa Diretora da Casa para pressionar Motta a colocar em votação o projeto que anistia os envolvidos no 8 de Janeiro e contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Só desocuparam o espaço na 4ª feira (6.ago) depois de horas de tumulto. Motta havia convocado sessão plenária para às 20h30 e ameaçado suspender o mandato dos deputados que se recusassem a sair.
O paraibano, porém, teve dificuldades para conseguir se sentar na cadeira da presidência, mesmo acompanhado da Polícia Legislativa. Só conseguiu às 22h21. Deputados bolsonaristas se recusaram a deixar o local.