• Sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Brasil pede ajuda internacional diante da crise de bebidas com metanol

Ministro da Saúde informou que Brasil buscou ajuda internacional para adquirir antídotos contra intoxicação por metanol

Diante da crise de saúde publica provocada pela intoxicação por o governo do Brasil busca ajuda internacional para conseguir um dos antídotos contra o envenenamento pelo composto químico. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao menos 13 países foram acionados para ajudar nos esforços. Intoxicação por metanol Os casos de intoxicação por metanol, encontrado em bebidas adulteradas, foram revelados no último fim de semana. Até o momento, o Ministério da Saúde confirma 59 casos suspeitos. Deste número, 11 registros foram confirmados. Uma morte por envenenamento com metanol foi registrada no Brasil, no estado de São Paulo. Outros sete óbitos estão sendo investigados. Por conta da situação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou que a população evite o consumo de bebidas destiladas — onde as adulterações foram registradas até o momento. Em coletiva de imprensa realizada em Brasília, na quinta-feira (2/10), o ministro informou que o Brasil já acionou cerca de 10 agências reguladoras internacionais, semelhantes a desde o início dos casos de intoxicação. O objetivo é encontrar, em tais países, produtores de — um dos antídotos contra envenenamentos por metanol. Isso porque o medicamento não é produzido no Brasil, e precisa ser importado. Segundo Padilha, o já buscou três instituições privadas que produzem o antídoto. São elas a Zydus, da Índia; American Regent, dos Estados Unidos; e a United Health, sediada na capital de Portugal, Lisboa. Ministério da Saúde anuncia medidas sobre a crise: A também foi acionada pelo governo brasileiro. O objetivo, explicou o ministro, foi solicitar a doação imediata de 100 tratamentos de fomepizol, e manifestar a intenção de compra de outras mil unidades do antídoto. “Acionamos quem têm capacidade de produzir, acionamos os nossos contatos que já sinalizaram que têm capacidade de oferta, para termos um estoque estratégico [de fomepizol] aqui em nosso país”, afirmou Padilha. Ao ser questionado se a movimentação significava a possibilidade do aumento de casos, o ministro da Saúde afirmou que os pedidos de ajuda são “precaução”. Leia também Estoques de etanol farmacêutico Além dos esforços em busca do fomepizol, Padilha também atualizou a situação do Brasil em relação ao que age como contraveneno em casos de intoxicação por metanol. De acordo com o ministro, o Brasil estruturou um estoque com 4,3 mil ampolas do medicamento em hospitais universitários federais. Padilha anunciou a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico. Diferente do fomepizol, a substância é produzida por ao menos 604 farmácias de manipulação do país, conforme mapeamento da Anvisa.
Por: Metrópoles

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