O ministro Guilherme Boulos (Secretaria Geral) afirmou neste sábado (8.nov.2025) que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), “prefere fazer demagogia com sangue”, em referência à operação policial que deixou 121 mortos em outubro.
Boulos também criticou governadores de direita, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), por tratarem “todo mundo da comunidade como se fosse bandido”. A declaração foi feita durante o lançamento do programa Governo na Rua, no Morro da Lua, na zona sul de São Paulo.
“A gente acredita que o combate ao crime tem que ser feito da maneira correta. Como foi a operação Carbono Oculto da Polícia Federal e da Receita Federal, que foi atrás do peixe grande –às vezes o que está na Faria Lima, engravatado– e não do bagrinho que vive na favela”, disse.
O ministro defendeu que o combate ao crime deve atingir as estruturas financeiras e empresariais do tráfico, e não apenas as comunidades. Segundo ele, o Governo na Rua busca articular demandas locais com diferentes ministérios.
“Hoje fizemos um exercício de escuta: falaram entregadores de aplicativo, trabalhadores da escala 6 por 1, jovens da região, movimentos de moradia e da cultura periférica. Nós não só vamos ouvi-los, como vamos chamar essas pessoas para construir políticas públicas para essas áreas”, declarou.
Boulos também acusou governadores de direita de “povofobia”.
“Alguns governantes, principalmente da direita, nunca fizeram isso. Aliás, eles têm povofobia, têm medo de povo”, declarou.
O evento contou com integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), que exibiam bandeiras e cartazes em defesa da taxação dos ricos e do Brasil, além do deputado estadual Eduardo Suplicy (PT-SP) e de representantes sindicais.
Veja imagens de bandeiras colocadas no campo de futebol do Morro da Lua, na zona sul de São Paulo, onde foi realizado o evento com Guilherme Boulos:
