Senadores da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficaram no escuro na noite de 3ª feira (5.ago.2025), no plenário, durante um protesto contra a prisão domiciliar do ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL).
Congressistas como Magno Malta (PL-ES), Marcos Pontes (PL-SP), Wellington Fagundes (PL-MT), Marcos Rogério (PL-RO), Eduardo Girão (Novo-CE), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jorge Seif (PL-SC) aparecem, em vídeos e fotos publicados nas redes sociais, sentados nos assentos reservados à Mesa Diretora.
O senador Magno Malta postou no Instagram, depois das 23h, imagens do Senado com as luzes apagadas, utilizando apenas a iluminação dos telefones celulares. “Covardia. Nós somos senadores. Se nós estivéssemos sentados aqui para defender o STF [Supremo Tribunal Federal], os abusos que eles têm cometido contra seres humanos, contra pessoas indefesas, como eles têm feito”, disse.
Malta afirmou que, se os congressistas estivessem “defendendo essa ditadura que se instalou no Brasil, as luzes estariam acesas”. O pastor ainda reuniu os senadores e outras pessoas que estavam no local e fez uma oração.
Alguns deputados também realizaram protestos semelhantes na Câmara e organizaram um revezamento, como mostrou Marcel van Hattem (Novo-RS) em seu Instagram.
Além de protestarem contra a prisão de Bolsonaro, os congressistas manifestaram apoio a projetos como a anistia aos presos e condenados pelos atos do 8 de Janeiro, bem como ao impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Bolsonaro está proibido de sair de casa, usar celular, acessar redes sociais (inclusive por terceiros) ou receber visitas sem autorização judicial. Ele também está sendo monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica. Caso descumpra qualquer uma dessas regras, poderá ter a prisão domiciliar convertida em preventiva.