A federação União Progressista, que une União Brasil e PP, anunciou nesta 4ª feira (6.ago.2025) que aderiu à obstrução da oposição e orientou seus congressistas a não registrarem presença nas sessões, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. Trata-se da maior bancada do Congresso.
Em comunicado, a federação classificou o movimento da oposição como “legítimo” e disse defender o “diálogo como único caminho possível para encontrarmos soluções que devolvam a normalidade dos trabalhos no Congresso Nacional”. Leia a íntegra da nota (PDF – 99 kB).
“O Brasil precisa virar essa página e voltar a focar em pautas que resolvam os problemas econômicos, sociais e de insegurança do nosso país”, afirmou. O PP e o União têm, juntos, 4 ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A adesão já havia sido antecipada pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), na 3ª feira (5.ago). Segundo apurou o Poder360, o União Brasil estava sendo pressionado pelos congressistas da oposição a se juntar ao movimento da oposição. O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (AP), é do União.
Aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciaram a obstrução dos trabalhos no Congresso em protesto contra a prisão domiciliar do antigo chefe do Executivo e em retaliação ao STF (Supremo Tribunal Federal). O objetivo é pressionar pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes e para pautar o PL (projeto de lei) da anistia, que está parado na Câmara.
Com deputados e senadores ocupando as cadeiras do plenário das Casas, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), cancelou as sessões que seriam realizadas na 3ª feira (5.ago) e nesta 4ª feira (6.ago). Ele e Alcolumbre também adiaram a reunião de líderes desta 4ª feira (6.ago).