• Quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Bolsa sobe 0,17% e registra o 10º pregão de alta seguido

Ibovespa encerrou o dia aos 150.704,20 pontos e renovou o patamar recorde; dólar fechou aos R$ 5,399.

O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), subiu pelo 10º dia consecutivo, acumulando alta de 4,59% no período. O índice encerrou o dia aos 150.704,20 pontos, com alta de 0,17% nesta 3ª feira (4.nov.2025). Atingiu 149.979 pontos na mínima e 150.888 pontos na máxima.

Com a 10ª alta seguida, o Ibovespa renovou o recorde nominal. O Poder360 já mostrou que o pico real –corrigido pela inflação– foi em 2008.

Os investidores aguardam a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central na 4ª feira (5.nov). A projeção majoritária é de uma manutenção da taxa básica, Selic, em 15% ao ano, mas parte dos agentes financeiros espera um comunicado menos duro da autoridade monetária, o que sinalizaria um horizonte para a queda dos juros.

Nesta 3ª feira (4.nov), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a inflação do Brasil ficará dentro do intervalo da meta ainda em 2025. Ele afirmou que, se fosse diretor do Banco Central, votaria para cortar a taxa Selic.

Haddad também declarou que os bancos fazem pressão sobre a autoridade monetária para deixar os juros altos.

O Boletim Focus de 2ª feira (3.nov) mostrou que as estimativas para a inflação de 2025 caíram de 4,56% para 4,55%. Está levemente acima do teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

O centro da meta é de 3%, mas o intervalo de tolerância vai até 4,5%. Para 2026, os agentes financeiros estimam uma taxa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 4,20%.

Os investidores reagiram também aos dados da produção industrial do Brasil. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta 3ª feira (4.nov) que o setor caiu 0,4% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal.

André Valério, economista-sênior do banco Inter, disse que o setor não terá grande contribuição no PIB (Produto Interno Bruto) do 3º trimestre. A indústria subiu só 0,09%. Ainda assim, espera-se uma alta de 2,0% no crescimento econômico brasileiro no acumulado do ano.

Leonardo Costa, economista do ASA, afirmou que o dado do IBGE confirma a estagnação do setor na margem.

No cenário internacional, a paralisação do governo dos Estados Unidos impede a divulgação de indicadores econômicos, como o PIB. O shutdown será o mais longo da história se não for encerrado até 4ª feira (5.nov).

O dólar comercial fechou a R$ 5,399 nesta 3ª feira (4.nov.2025), com alta de 0,77%. A moeda norte-americana variou de R$ 5,379 na mínima e R$ 5,402 na máxima.

Leia a trajetória diária do dólar comercial:

Por: Poder360

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