• Sábado, 7 de junho de 2025

Boi gordo segue subindo e pecuarista já recebe R$ 315/@; viés vai continuar?

Firmeza nos preços do mercado do boi gordo reflete escassez de oferta, exportações em alta e demanda interna mais ativa

Firmeza nos preços do mercado do boi gordo reflete escassez de oferta, exportações em alta e demanda interna mais ativa O mercado do boi gordo segue em trajetória de valorização e, em importantes praças pecuárias do Brasil, o pecuarista já consegue negociar a arroba por até R$ 315, puxado por uma combinação de fatores que envolve dificuldade de compra por parte dos frigoríficos, recuperação da demanda interna e exportações em ritmo histórico, com destaque para a China. Segundo dados apurados pela Agrifatto e Scot Consultoria, os preços da arroba subiram em 9 das 17 praças monitoradas no dia 4 de junho, entre elas São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Na praça paulista, o boi comum subiu R$ 2/@, chegando a R$ 307, enquanto o “boi-China” atingiu R$ 310/@, também com alta diária de R$ 2 .
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    Nas regiões de Goiás e Mato Grosso do Sul, os preços chegaram a R$ 291,79 e R$ 309,43, respectivamente. Já em Minas Gerais, o valor médio da arroba foi cotado a R$ 295,29, indicando movimento altista em grande parte do país . window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Frigoríficos enfrentam escalas apertadas e dificuldade para captar boi gordo A principal dificuldade das indústrias está na aquisição de animais jovens, especialmente os que atendem às exigências de exportação. Os frigoríficos de menor porte são os mais pressionados, com dificuldade de alongar as escalas de abate. Por outro lado, grandes plantas ainda se apoiam em contratos a termo para manter ritmo de operação. De acordo com analistas da Agrifatto, a estratégia anterior das indústrias, que apostavam na baixa, mostrou-se ineficaz diante da retenção de oferta pelos pecuaristas, que estão cadenciando os lotes e aguardando melhores valores. Consumo interno dá sinais de recuperação A entrada dos salários na economia e a melhora na circulação do consumidor contribuíram para uma reação positiva no mercado atacadista de carne bovina, sobretudo em São Paulo. A consultoria Agrifatto destaca que as vendas no varejo e atacado melhoraram desde o início da semana, refletindo em maior volume de pedidos de reposição. “Essa consistência se refletiu no aumento de pedidos de reposição pelo varejo, indicando uma demanda sólida”, apontam os analistas . Exportações seguem em alta Outro fator que sustenta os preços é o bom desempenho das exportações de carne bovina, especialmente para a China, principal destino da proteína brasileira. Com a retomada do status sanitário em estados do Norte e a valorização do “boi-China”, os embarques estão se mantendo em níveis históricos, como ressaltado por Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado . E o viés para os próximos dias? Apesar da firmeza observada nesta virada de mês, analistas alertam para a possível entrada de gado confinado nas próximas semanas, o que pode trazer algum alívio na oferta de boi gordo [animais para abate] e pressionar os preços temporariamente. No entanto, a atual conjuntura ainda é favorável ao pecuarista, com oferta enxuta e exportações aquecidas. O mercado futuro na B3, por sua vez, apresentou oscilação: após fechar o pregão de segunda (2) em alta, o vencimento de outubro caiu 0,65% na terça-feira (3), fechando em R$ 345,65/@, refletindo a volatilidade típica do período . Resumo dos preços médios do boi gordo por estado (04/06):
  • São Paulo: R$ 313,25/@
  • Mato Grosso do Sul: R$ 309,43/@
  • Mato Grosso: R$ 304,39/@
  • Minas Gerais: R$ 295,29/@
  • Goiás: R$ 291,79/@ 
  • A tendência de curto prazo segue positiva no mercado do boi gordo, mas o mercado poderá sofrer correções com a entrada de lotes de confinamento em junho. Ainda assim, o cenário permanece mais favorável ao produtor do que à indústria, com uma nova etapa do ciclo de alta podendo se consolidar nos próximos meses.
    Por: Redação

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