• Sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

BNDES aprova R$ 450 mi para planta de biometano da Onebio

Projeto em Paulínia será gerido por joint venture formada pela Edge Comercialização e pela Orizon VR.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) informou na 5ª feira (18.dez.2025)  que aprovou um financiamento de cerca de R$ 450 milhões para a construção de uma planta de produção de biometano em Paulínia (SP).  O projeto é gerido pela Onebio –joint venture formada pela Orizon e pela Edge– e será desenvolvido pela Biometano Verde Paulínia S.A. (BVP), razão social da Onebio.

Do valor aprovado, aproximadamente 80% serão financiados com recursos do Fundo Clima, instrumento da Política Nacional sobre Mudança do Clima, e 20% por meio da linha Finem (Financiamento a Empreendimentos), voltada ao financiamento de grandes empreendimentos produtivos. 

A planta será instalada no Ecoparque Orizon VR e utilizará o biogás gerado a partir da decomposição de resíduos sólidos urbanos de um aterro sanitário. 

Depois do processo de purificação, o biogás é transformado em biometano, um combustível renovável com características químicas semelhantes às do gás natural fóssil, o que permite seu uso na infraestrutura já existente.

Com capacidade para produzir até 225 mil metros cúbicos de biometano por dia, a unidade é considerada a maior do Brasil nesse segmento. 

Segundo o BNDES, o empreendimento poderá evitar a emissão de 100,7 mil toneladas de CO₂ equivalente por ano, ao substituir combustíveis fósseis por uma fonte renovável. 

“O financiamento aprovado pelo BNDES está alinhado com a determinação do governo do presidente Lula de investir na transição energética para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Esse projeto vai produzir biometano a partir do biogás gerado pelos resíduos depositados no aterro, evitando a emissão de 100,7 mil toneladas de CO2 equivalentes por ano”, afirmou em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Segundo o banco, dstudos de avaliação do ciclo de vida indicam que o biometano pode reduzir em até 87% as emissões de gases de efeito estufa em comparação com o diesel no transporte pesado, o que reforça seu potencial para a descarbonização de frotas de caminhões e ônibus.

Por: Poder360

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