A ex-primeira-ministra de Bangladesh Sheikh Hasina foi condenada à morte nesta 2ª feira (17.nov.2025) por crimes contra a humanidade. Ela foi julgada pela forma como seu governo respondeu aos protestos estudantis em 2024 e descrita pela acusação como a “mentora, condutora e comandante superior” de atrocidades cometidas na época.
Em fevereiro de 2025, o Escritório de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) estimou que até 1.400 pessoas podem ter sido mortas em Bangladesh durante 3 semanas de repressão aos protestos e nas duas semanas seguintes à queda do governo de Hasina em 5 de agosto. Leia a íntegra do comunicado, em inglês (PDF – 457 kB).
Os eventos que motivaram as acusações deram-se durante protestos estudantis contra o governo Hasina em 2024. A repressão aos manifestantes desencadeou uma revolta popular que culminou com a queda do seu governo em agosto do mesmo ano.
A acusação argumentou que Hasina foi diretamente responsável por ordenar que todas as forças estatais, seu partido, o Awami League, e seus associados realizassem ações que levaram a:
Ao comunicar a sentença nesta 2ª feira (17.nov), o juiz Golam Mortuza Mozumder afirmou que Hasina foi considerada culpada de acusações como incitação, ordenação de assassinatos e omissão em impedir atrocidades durante a revolta.
Hasina fugiu para a Índia em agosto de 2024 e permanece exilada. Em comunicado, ela acusou o tribunal de ser “parcial e politicamente motivado”.
A ex-premiê disse que, “em seu repugnante pedido pela pena de morte”, a Justiça do país “revela a intenção descarada e assassina de figuras extremistas dentro do governo interino de destituir a última primeira-ministra eleita de Bangladesh”.





