
Azerbaijão prende dois jornalistas ligados à mídia estatal da Rússia
Prisão de jornalistas russos no Azerbaijão ocorre após azeris étnicos serem detidos na Rússia, acusados de ligação com homicídios
O governo do prendeu dois jornalistas da Rússia, na redação do portal estatal russo Sputnik no país. A detenção aconteceu nesta segunda-feira (30/6).
A operação contra o escritório do jornal russo foi anunciada pelo Ministério do Interior do Azerbaijão. De acordo com o governo azeri, a medida visa investigar “financiamento ilegal” ao jornal estatal russo, que foi oficialmente proibido de operar no país em fevereiro deste ano.
Veja o momento da prisão:
Os dois profissionais de imprensa russos foram acusados de serem agentes do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), órgão que sucedeu o extinto serviço secreto da União Soviética, Comitê de Segurança do Estado (KGB).
Como resposta à prisão dos dois jornalistas, a Rússia convocou o embaixador do Azerbaijão no país, Rahman Mustafayev, para protestar contra o que a chancelaria russa classificou como “ações hostis de Baku e a detenção ilegal de jornalistas russos”.
De acordo com o jornal Sputnik, o portal continuou atuando no Azerbaijão pois não recebeu nenhuma proibição oficial do governo azeri.
Prisão de jornalistas russos no Azerbaijão
Relação tensa
As prisões acontecem após seis azeris étnicos serem detidos na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia, na sexta-feira (27/6). Eles são acusados de conexões com homicídios e tentativas de homicídio no território russo, cometidas em 2001, 2010 e 2011. Dois detidos morreram após a prisão.
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Depois dessa investida da Rússia, Baku acusou o governo de de praticar execuções extrajudiciais Moscou, porém, rejeitou as acusações.
Por conta do episódio, o governo azeri, liderado por Ilham Aliyev, se retirou de negociações planejadas com a Rússia e cancelou uma visita do vice-primeiro-ministro russo ao Azerbaijão. O Ministério da Cultura azeri também cancelou eventos no país que seriam organizados e planejados por organizações estatais e privadas russas.

Por: Metrópoles