A Autoridade Palestina disse nesta 4ª feira (15.out.2025) estar preparada para operar a passagem de Rafah, importante travessia para o transporte de ajuda humanitária até o território de Gaza.
O lado palestino da fronteira está sob controle de Israel, que prepara sua reabertura depois de impasses envolvendo o atraso na devolução de corpos israelenses pelo Hamas. O grupo alega que precisaria de mais tempo para localizar todos os reféns que morreram.
Mohammad Shtayyeh, enviado especial do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou que a organização está preparada para retomar a operação. “Notificamos todas as partes de que estamos prontos para operar a passagem de Rafah”, afirmou.
Ainda não se sabe ao certo a posição a ser exercida pela Autoridade Palestina na região durante o pós-guerra. Segundo a agência Reuters, países árabes têm pressionado pela maior presença do órgão no processo de reconstrução de Gaza –o que não está estabelecido no plano proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).
O Cogat (Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios), braço do Exército de Israel, disse em comunicado à Reuters que “a data de abertura da passagem para a circulação de pessoas será anunciada posteriormente”.
A Autoridade Palestina é o governo provisório estabelecido em 1994 para os territórios palestinos. Desde 2006, contudo, o racha entre o Fatah e o Hamas fez com que a Autoridade Palestina passasse a exercer controle somente a Cisjordânia.
Depois do cessar-fogo, a prefeitura da Cidade de Gaza lançou uma campanha, que envolve o uso de 10 escavadeiras durante 1 mês, para iniciar a limpeza dos escombros das ruas da cidade, com apoio do Qatar.
Em imagens divulgadas na 3ª feira (14.out), maquinários com bandeiras do Qatar removem escombros, reabrindo estradas e permitindo a passagem de moradores.
Assista (1min51s):
De acordo com a Unosat (Centro de Satélites das Nações Unidas), cerca de 83% de todas as estruturas de edifícios na Cidade de Gaza sofreram danos durante o conflito.
A Avaliação Rápida de Dano e Necessidades, calculada pela ONU (Organização das Nações Unidas), em parceria com o Banco Mundial e a União Europeia, estima que a reconstrução de Gaza custará US$ 70 bilhões.
