A ONU (Organização das Nações Unidas) manifestou preocupação com a demora na emissão de vistos para integrantes da comitiva brasileira que participará da Assembleia Geral da organização no dia 23 de setembro, em Nova York.
“Obviamente, isso é preocupante. Esperamos que os vistos sejam entregues. Como já destacamos aqui no caso de outra delegação, da Palestina, o Acordo de Sede entre os Estados Unidos e a ONU determina que o país anfitrião deve facilitar a entrada de pessoas que tenham negócios com esta organização”, disse o porta-voz do secretário-geral António Guterres, Stéphane Dujarric.
Dujarric afirmou que há tempo para que os vistos sejam emitidos e reforçou a expectativa da ONU de que a situação seja resolvida antes do início do debate geral. Questionado sobre a possibilidade de discursos por videoconferência, o porta-voz afirmou que esse tipo de decisão cabe aos países-membros da Assembleia Geral.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, parte da comitiva brasileira ainda não obteve vistos. Os pedidos seguem em tramitação e há confiança de que serão aprovados a tempo, diz o órgão. Entre os afetados está o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que solicitou a renovação de seu visto ainda em agosto.
Diante do impasse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) optou por restringir o número de integrantes da comitiva oficial ao evento. A medida inclui a exclusão de congressistas e de assessores não essenciais, em uma tentativa de evitar constrangimentos diplomáticos ou entraves de última hora.
A decisão também levou em conta episódios recentes em que autoridades estrangeiras enfrentaram dificuldades para entrar nos Estados Unidos, mesmo em missões oficiais vinculadas à ONU.
