A primeira-dama, Janja da Silva, privou nesta 5ª feira (13.mar.2025) seu perfil pessoal no Instagram depois de se tornar novamente alvo de críticas por parte da população e de opositores.
Apesar de ter começado a compartilhar sua agenda nos perfis nas redes sociais no início de fevereiro, Janja continua recebendo reclamações quanto à transparência de suas ações dentro do governo. Com o perfil privado, quem desejar acompanhar a primeira-dama só poderá ver as publicações caso seja aceito. Quem já a seguia, continua podendo acessar os conteúdos.
Uma parcela das críticas parte de uma possível “gastança” da primeira-dama em viagens internacionais. Janja iria para a 69ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW), evento da ONU (Organização das Nações Unidas) realizado em Nova York até o dia 21 de março. Entretanto, a viagem foi desmarcada por um receio interno de que se torne pior para a popularidade do governo federal, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da própria primeira-dama.
Segundo uma pesquisa realizada pela AtlasIntel/Bloomberg em fevereiro, a reprovação de Janja atingiu 58%, cerca de 18% a mais do que o registrado 3 meses antes.
A última viagem internacional de Janja foi para Roma, na Itália, representando o Brasil na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que rendeu ataques da oposição quanto aos gastos empenhados na comitiva que acompanhou a primeira-dama. Como mostrou o Poder360, a comitiva de 12 pessoas custou cerca de R$ 260 mil aos cofres públicos, além das despesas do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.
O gabinete pessoal de Janja também virou alvo de críticas. Apesar de não possuir um cargo oficial no governo, 8 pessoas trabalham diariamente com a socióloga, fazendo trabalhos que vão de assessoria até acompanhamento em viagens. Como levantou o Poder360, a equipe custou, em média, R$ 1,9 milhão por ano em 2023 e em 2024.
O monitoramento das ações de Janja por parte de opositores já lhe rendeu, de janeiro de 2023 até fevereiro de 2025, pouco menos de 2 anos para o fim do mandato do presidente Lula, 85 requerimentos protocolados na Câmara. Os motivos principais para os requerimentos são, justamente, gastos em viagens e fiscalização de suas comitivas.
Este texto foi produzido pelo estagiário de jornalismo Davi Alencar sob supervisão da editora-assistente Rafaela Rosa.