O presidente interino Geraldo Alckmin (PSB) afirmou nesta 3ª feira (21.out.2025) que o nome escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o STF (Supremo Tribunal Federal) deve ter boa aceitação no Senado.
Alckmin ressaltou o que o entorno de Lula já vem dizendo: a escolha do indicado é prerrogativa exclusiva do presidente da República e ele deve dialogar com o Senado para garantir uma tramitação tranquila. “Quem ele indicar –não sei se é homem, se é mulher– terá boa aceitação no Senado, pois será alguém com preparo e experiência para atuar na Suprema Corte do país”, afirmou em entrevista à emissora Record.
A indicação ainda não foi oficializada e será enviada depois que Lula voltar da 47ª Cúpula de chefes de Estado da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), no dia 28 de outubro. Segundo aliados, o advogado-geral da União Jorge Messias é o escolhido para a vaga deixada por Roberto Barroso, que se aposentou na 6ª feira (17.out).
Líderes da base nas Casas Legislativas afirmam que a escolha já foi feita e o que falta é a formalização. Ao adiar o anúncio, o presidente busca preservar o controle político do processo.
Já a oposição prefere Rodrigo Pacheco (PSD-MG) –nome endossado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e ministros do STF como Gilmar Mendes.
Uma reunião entre Lula e Alcolumbre nesta 2ª feira (20.out.2025) serviu para alinhar o rito da indicação e evitar ruídos no Senado. Embora Pacheco tenha trânsito político mais consolidado, a decisão presidencial está clara. E com a oposição ainda desarticulada para dificultar a indicação, a aprovação deve ocorrer rapidamente, evitando que o processo se arraste para o ano eleitoral.
