• Segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Alckmin diz que Brasil pressionará por mais redução nas tarifas

Vice-presidente diz que decisão dos EUA é positiva, mas afirma que alguns setores ainda enfrentam alíquotas altas.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (15.nov.2025) que a nova ordem executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que reduziu em 10 pontos percentuais tarifas impostas ao Brasil, é “positiva e na direção correta”.

De acordo com o ele, embora alguns setores ainda enfrentem alíquotas consideradas altas — como o café, que permanece com tarifa de 40% — o governo brasileiro vê espaço para avançar nas negociações.

Alckmin falou a jornalistas no Palácio do Planto. Disse que o comércio exterior brasileiro vive um momento robusto. “Chegamos a US$ 290 bilhões em exportações de janeiro a outubro, um recorde. Só em outubro, crescemos 9,1%, afirmou. O ministro ressaltou também a abertura de “quase 500 novos mercados e a assinatura de novos acordos comerciais.

De acordo com Alckmin, a medida anunciada pelo governo norte-americano gera efeitos imediatos em itens relevantes da pauta exportadora brasileira. Entre eles:

O vice-presidente afirmou que há uma “distorção que precisa ser corrigida”, já que concorrentes como o Vietnã tiveram tarifa do café reduzida de 20% para 0. “O Brasil é responsável por 33% do café consumido pelos EUA, especialmente o arábica. Há espaço para trabalhar”, declarou.

Diplomacia e próxima etapa

Alckmin atribuiu o avanço tarifário a 3 fatores: o empenho do governo brasileiro, a “sensibilidade” do governo americano e o papel da iniciativa privada dos 2 países.

Ele disse que o encontro recente entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático) na Malásia, em 26 de outubro, foi “muito bom”, assim como a reunião entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em 12 de novembro. “Estamos otimistas de que novos passos virão.”

Mesmo com declarações de Trump sugerindo que novas reduções podem não ser necessárias, Alckmin afirma que o Brasil seguirá pressionando: “Estamos abertos ao diálogo. Queremos resolver.”

Alckmin apontou que, apesar de as tarifas americanas serem altas para parte da pauta brasileira, os EUA têm superavit comercial com o Brasil. Ele lembrou que:

O ministro disse que o objetivo é reduzir ou eliminar essas tarifas, “como ocorreu com o suco de laranja”.

Por: Poder360

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