• Quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Advogado diz que não falou com Bolsonaro na véspera de defesa no STF

Celso Vilardi afirmou que não se reuniu com ex-presidente; disse que fará sustentação “técnica e criteriosa”.

O advogado Celso Vilardi, que representa Jair Bolsonaro (PL), disse nesta 4ª feira (3.set.2025) que não conversou com o ex-presidente na véspera da sessão da 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), ao ser questionado por jornalistas ao chegar ao tribunal. Em seguida, afirmou que fará uma “defesa técnica e criteriosa” ao apresentar os argumentos da defesa.

Vilardi dividirá o tempo de sustentação oral com Paulo Cunha Bueno. Ambos devem reiterar que não houve prática de atos concretos e que as discussões tratadas se limitavam a alternativas previstas na Constituição. A defesa também pretende reforçar críticas à colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, considerada sem consistência.

Assista à chegada dos advogados de Bolsonaro ao STF (2min39):

A sessão do 2º dia terá as sustentações orais das defesas do ex-chefe do Executivo; do ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno; do ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira; e do general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa de 2022.

Bolsonaro acompanha o julgamento em casa, onde cumpre prisão domiciliar. O único réu presente é Paulo Sérgio Nogueira, que também esteve no 1º dia. Os representantes de cada acusado terão cerca de 1 hora para apresentar seus argumentos.

Assista ao 2º dia de julgamento:

Assista ao 1º dia de julgamento:

A 1ª Turma do STF julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 réus por tentativa de golpe de Estado. A análise do caso pode se alongar até 12 de setembro.

Integram a 1ª Turma do STF:

Bolsonaro indicou 9 advogados para defendê-lo.

Os 3 principais são Celso Villardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser. Os demais integram os escritórios que atuam na defesa do ex-presidente.

Além de Bolsonaro, são réus: 

O núcleo 1 da tentativa de golpe foi acusado pela PGR de praticar 5 crimes: organização criminosa armada e tentativas de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. 

Se Bolsonaro for condenado, a pena mínima é de 12 anos de prisão. A máxima pode chegar a 43 anos

Se houver condenação, os ministros definirão a pena individualmente, considerando a participação de cada réu. As penas determinadas contra Jair Bolsonaro e os outros 7 acusados, no entanto, só serão cumpridas depois do trânsito em julgado, quando não houver mais possibilidade de recurso.

Por ser ex-presidente, se condenado em trânsito julgado, Bolsonaro deve ficar preso em uma sala especial na Papuda, presídio federal em Brasília, ou na Superintendência da PF (Polícia Federal) na capital federal. 

Por: Poder360

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