• Quinta-feira, 31 de julho de 2025

Adidas cresce 12% e aumenta lucro operacional em 58% no 2º trimestre

Empresa registrou vendas de 6 bi de euros e margem de 9,2%, com desempenho positivo em todas categorias e mercados globais.

A marca Adidas registrou crescimento de 12% em moeda neutra no 2º trimestre de 2025, alcançando vendas líquidas de 6,0 bilhões de euros. Nesta 4ª feira (30.jul.2025), a empresa alemã divulgou que seu lucro operacional aumentou 58%, atingindo 546 milhões de euros, com margem operacional de 9,2%, um aumento de 3,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Leia a íntegra (PDF—774 KB).

A empresa teve um desempenho positivo em todas as categorias, canais e mercados, apesar do impacto negativo de aproximadamente 300 milhões de euros por causa da conversão cambial. A margem bruta melhorou 0,9 ponto percentual, chegando a 51,7%, mesmo com efeitos desfavoráveis das moedas, mix de negócios e tarifas.

No 1º semestre de 2025, a marca Adidas cresceu 14%, com margem bruta expandindo 0,9 ponto percentual para 51,9%. O lucro operacional aumentou 70%, atingindo 1,2 bilhão de euros, refletindo margem operacional de 9,6%. O lucro líquido das operações continuadas mais que dobrou, alcançando 811 milhões de euros.

Os resultados não incluem receitas da linha Yeezy, cujo estoque remanescente foi vendido no final de 2024. No 2º trimestre do ano passado, as vendas da Yeezy representaram cerca de 200 milhões de euros.

No segmento de calçados, as receitas da marca Adidas aumentaram 9% durante o trimestre em base neutra em moeda. As vendas de vestuário cresceram 17%, impulsionadas pela forte oferta de produtos nas linhas Originals, Training, Running, Golf e Specialist Sports. Os acessórios registraram crescimento de 7%.

As receitas de Performance aumentaram 12% durante o 2º trimestre, com destaque para as categorias de Running, Training e Performance Basketball. A categoria Running registrou crescimento de quase 30%, beneficiada pela credibilidade global da franquia Adizero.

No segmento Lifestyle, a Adidas registrou aumento de 13% nas receitas, impulsionado pelo crescimento de 2 dígitos tanto na linha Originals quanto na Sportswear. O desempenho positivo foi apoiado por novas versões de produtos populares da linha Terrace e das franquias Retro Running.

As vendas no atacado aumentaram 14% em base neutra de moeda, enquanto as receitas do varejo próprio (DTC) cresceram 9%, impulsionadas pelo crescimento nas lojas físicas da empresa globalmente. As vendas de e-commerce também aumentaram 9%, em meio a um foco contínuo em propostas de preço integral.

O crescimento foi registrado globalmente, com a América do Norte (+15%), China (+11%), América Latina (+23%), Mercados Emergentes (+14%) e Japão/Coreia do Sul (+15%) apresentando aumentos de 2 dígitos nas vendas da marca Adidas em termos neutros de moeda. Na Europa, as receitas cresceram 7%, apesar da não recorrência do forte sucesso comercial relacionado à UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) EURO do ano anterior.

Para o ano completo de 2025, a Adidas espera ganhar mais participação de mercado e aumentar as vendas da empresa em moeda neutra a uma taxa alta de um dígito. Isso reflete o crescimento contínuo de 2 dígitos para a marca Adidas.

A empresa não incluiu em suas projeções para 2025 nenhuma receita ou lucro da Yeezy. Em 2024, essa linha gerou aproximadamente 650 milhões de euros em receitas e cerca de 200 milhões de euros em lucros.

A empresa já sofreu um impacto negativo de dezenas de milhões de euros no 2º trimestre por causa das tarifas dos EUA. As últimas indicações sugerem que as tarifas aumentarão diretamente o custo dos produtos da empresa para os EUA em até 200 milhões de euros durante o resto do ano.

“Nós ainda não sabemos qual será o impacto indireto na demanda do consumidor caso todas essas tarifas causem uma inflação significativa. Eu vi que muitas empresas removeram completamente suas perspectivas ou as reduziram drasticamente. Nós decidimos manter nossa perspectiva inicial para o ano inteiro e uma orientação de lucro operacional entre 1,7 bilhão de euros e 1,8 bilhão de euros. Atualmente, nos sentimos confiantes em entregá-la, mas é claro que isso pode mudar –também para cima, caso os ventos contrários sejam menores do que atualmente presumimos”, afirmou um executivo da empresa.

Por: Poder360

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