• Terça-feira, 28 de outubro de 2025

1 em cada 5 infecções urinárias pode vir de alimento mal manuseado

Estudo aponta que 18% das infecções do trato urinário têm origem em cepas de <i>Escherichia coli</i> por falta de higiene na cozinha

Um novo estudo revelou uma possível ligação entre os casos de A descoberta foi publicada em 23 de outubro na revista científica sobre microbiologia clínica . A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade George Washington, analisou milhares de amostras de Escherichia coli — bactéria responsável pela maioria das infecções do trato urinário (ITUs) — e concluiu que cerca de 18% desses casos podem ter origem em cepas provenientes de animais de produção, como frango, porco e boi. Leia também A investigação se concentrou em oito condados do sul da Califórnia, nos Estados Unidos, onde foram coletadas mais de 5,7 mil amostras de E. coli entre 2017 e 2021. Parte delas veio de pacientes com infecção urinária, e outra parte de carnes vendidas em supermercados locais. Ao sequenciar geneticamente os microrganismos, os cientistas conseguiram rastrear sua origem e descobriram que uma era praticamente idêntica às encontradas em produtos de origem animal. Os autores chamam essas cepas de “zoonóticas”, porque são capazes de pular do animal para o ser humano — algo que, segundo eles, vinha sendo subestimado até agora. A descoberta sugere que, como anatomia ou hábitos de higiene íntima, mas também pode estar relacionada à forma como os alimentos são manipulados dentro de casa. Sintomas da infecção urinária Dor ou ardor ao urinar; Aumento da frequência urinária; Urgência para urinar; Sensação de bexiga não completamente vazia; Urina escura ou com odor forte; Sangue na urina; Dor na barriga ou na região lombar. Desigualdades no acesso a alimentos seguros O estudo indica ainda que o risco não é distribuído igualmente: , o que pode refletir desigualdades no acesso a alimentos seguros, no armazenamento de carnes e na infraestrutura sanitária. Essa diferença socioeconômica também reforça a importância de políticas públicas voltadas à segurança alimentar. Como evitar contaminação dos alimentos Use uma tábua exclusiva para carnes cruas. Evite que o sangue contamine outros alimentos. Não lave carnes cruas (respingos e contaminação podem se espalhar). Lave bem as mãos com sabão por pelo menos 20 segundos após manipular carne crua. Cozinhe carnes (em especial aves e carnes moídas) à temperatura segura: por exemplo, frango a pelo menos 74 °C. Ao comprar carne, garanta que a embalagem esteja bem selada para evitar vazamento de sucos. Em restaurantes ou em casa, prepare a carne por último depois de frutas, legumes, etc., para reduzir a contaminação cruzada. Apesar das evidências, os cientistas ressaltam que entre um tipo específico de carne e um caso individual de infecção. Eles defendem que mais estudos sejam feitos em diferentes regiões para confirmar o padrão e entender melhor como ocorre a transmissão. A pesquisa amplia a compreensão sobre as infecções urinárias, que afetam milhões de pessoas por ano, e alerta para o papel da segurança alimentar na prevenção. Para os autores, que, até então, era considerada exclusivamente de origem pessoal. Siga a editoria de e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Por: Metrópoles

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