• Quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Warner pede a acionistas que rejeitem oferta da Paramount

Conselho afirma que proposta de US$ 30 por ação não tem garantias financeiras e recomenda fusão com a Netflix.

O conselho diretivo da Warner Bros Discovery pediu aos acionistas que rejeitem a oferta de aquisição realizada pela Paramount Skydance, no valor de US$ 30 por ação, totalizando US$ 108,4 bilhões. 

A decisão foi anunciada nesta 4ª feira (17.dez.2025). A Warner afirma que há garantias de financiamento e a classificou a proposta como inadequada e repleta de riscos. Leia a íntegra da carta enviada a acionistas.

De maneira unânime, o conselho solicitou aos acionistas que optem pela fusão com a Netflix, concorrente da Paramount. A empresa de streaming pagará US$ 27,7 por ação, totalizando US$ 72 bilhões (R$ 382 bilhões, na cotação atual). 

Segundo análise do conselho diretivo da Warner, o acordo com a Netflix  melhor para a empresa. “Os termos da fusão com a Netflix são superiores. A oferta da PSKY [Paramount Skydance] oferece um valor inadequado e impõe inúmeros riscos e custos significativos à WBD”.

Isso se dá principalmente porque o conselho entendeu que a Paramount “enganou consistentemente” os acionistas ao afirmar que a família do bilionário Larry Ellison, CEO da Oracle, era responsável por dar garantia à proposta. “Isso não é verdade, e nunca foi”, afirma a carta.

A proposta da Paramount conta ainda com fundos de países do Oriente Médio e da empresa de investimento de Jared Kushner, genro do presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano). A Paramount diz que a aprovação regulatória seria mais fácil com sua oferta.

A oferta da Netflix foi alvo de preocupação de setores da indústria audiovisual em relação a empregos, futuro dos lançamentos em cinemas e representatividade de vozes diversas no cinema e na TV. Trump disse em 7 de dezembro que a fusão poderia ser “um problema”.

Em ambas as propostas, as fusões devem ser alvo de grande escrutínio das agências reguladoras. As leis antitruste dos EUA servem justamente para impedir que um mesmo grupo controle parte significativa do mercado, limitando a concorrência.

Por: Poder360

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