• Segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Vídeo pró-anistia tem música na voz de Crivella e IA com celebridades

Montagem põe atores, cantores e jogadores de futebol em defesa de pauta bolsonarista; canção fala em “justiça mais ampla".

Perfis que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começaram a divulgar no domingo (19.out.2025) um vídeo com artistas em defesa da anistia. O material feito com inteligência artificial é acompanhado de uma música cantada pelo deputado Marcelo Crivella (Republicanos), ex-prefeito do Rio de Janeiro.

Atores e atrizes, cantores e jogadores de futebol usam camisetas e empunham faixas pedindo o perdão aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal por invadir e depredar os prédios dos Três Poderes e tentar dar um golpe de Estado no Brasil depois da derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

No vídeo, aparecem Regina Duarte, ex-ministra da Cultura, Neymar, Zezé Di Camargo, Ronaldinho Gaúcho, Sérgio Reis, Leonardo e outros famosos. 

Bolsonaro foi condenado pelo Supremo a 27 anos e 3 meses de prisão em julgamento concluído em 11 de setembro. O processo está na fase de recursos. O ex-presidente cumpre prisão domiciliar em Brasília desde 4 de agosto.

Composta por Márcio Ribeiro Lopes, ex-funcionário da prefeitura do Rio, a letra cantada por Crivella afirma que a anistia é “a justiça mais ampla” e que “o batom na estátua não apaga a esperança”, em referência a Débora do Batom, condenada a 14 anos de prisão por pichar estátua da Justiça e participar da invasão de 8 de janeiro de 2023 –Débora cumpre hoje prisão domiciliar.

Crivella, que foi considerado inelegível até 2028, é pastor e cantor gospel.

Assista (52s):

A Câmara dos Deputados chegou a aprovar a urgência do projeto de anistia, mas o assunto arrefeceu. O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) é o relator do texto e negocia não um perdão, mas a diminuição de pena dos condenados. 

Paulinho tenta um acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), antes de colocar o projeto em votação na Câmara.

Por: Poder360

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