• Segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Viana propõe delação premiada para investigados pela CPI do INSS

Segundo o presidente da comissão, caso não haja diálogo com o STF, haverá uma proposta de mudar a legislação.

O presidente da CPMI que investiga descontos ilegais nas aposentadorias do INSS, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), disse nesta 2ª feira (15.set.2025) que fará uma proposta de delação premiada para os advogados dos investigados pela comissão.

Segundo Viana, haverá um diálogo com o STF (Supremo Tribunal Federal) para que as propostas de delação premiada sejam válidas, entretanto, o senador não vê um cenário de aceitação dos ministros, apesar da competência da CPMI para investigar e “fazer papel de polícia”.

“Eu, pessoalmente, vou levar isso ao ministro André Mendonça. Se não houver acordo, nós vamos propor como relatório, que isso seja incluído na lei da CPMI. Se os advogados ao longo da investigação demonstrarem interesse, nós vamos levar ao Supremo para que não haja problemas, para que a gente tenha um consenso”, disse Viana em conversa com jornalistas no Senado.

O presidente da CPMI do INSS também citou nomes que podem eventualmente ser cogitados para propostas de delação premiada, como Antônio Carlos Camilo, o Careca do INSS e Maurício Camisotti, empresário envolvido no esquema de desvios previdenciários.

Carlos Viana, entretanto, negou que a decisão do ministro André Mendonça de conceder um Habeas Corpus para que o Careca do INSS “fragilize” a relação entre o Legislativo e o Judiciário. O magistrado deu a permissão para que Camilo faltasse à sua oitiva marcada para esta 2ª feira.

“O Supremo já tem sido zero e vezeiro em interferir no parlamento. Como nós não temos dado uma resposta a altura, infelizmente, tem sido cada vez mais comum que o Supremo tome decisões ao contrário do que vem sendo feito”, afirmou.

A convocação do advogado Nelson Wilians, alvo de mandado de busca e apreensão, também foi abordada por Viana. Segundo ele, o advogado virá ao Congresso Nacional na condição de testemunha, para que não haja um novo entrevero judicial que possibilite a ausência na oitiva. Wilians será convocado na condição de testemunha.

Por: Poder360

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