Vacina de mRNA contra Covid aumenta sobrevida de pacientes com câncer
Estudo mostra que, se administradas perto do início da imunoterapia, as vacinas de mRNA aumentam a sobrevida em pacientes com câncer
A administração de e tornar pacientes oncológicos mais receptivos à imunoterapia, segundo um estudo americano publicado na última quarta-feira (22/10) na.
Em linhas gerais, o trabalho descobriu que pacientes que receberam vacina mRNA contra Covid-19 dentro de 100 dias antes ou após o início de tratamento com inibidores de pontos de verificação imunológicos tiveram sobrevida global significativa maior do que aqueles que não foram vacinados nesse intervalo.
O sistema imunológico normalmente identifica e elimina células estranhas, como vírus ou células tumorais. Porém, cânceres conseguem se esconder das defesas, enganando o corpo e crescendo livremente. A imunoterapia aponta para as células quais são os alvos a serem atacados, estimulando o combate ao câncer pelo próprio organismo.
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Entretanto, alguns tumores “frios” (ou seja, com pouca resposta imune previamente) não costumam responder bem a imunoterapias. O estudo mostra que — desencadeando resposta do tipo I de interferon, ativando células-apresentadoras de antígenos e estimulando linfócitos CD8+ a atuar contra células tumorais.
Em outras palavras: a vacina mRNA não direcionou originalmente o sistema imune contra o câncer específico, mas “acordou” o corpo e preparou o terreno para que a imunoterapia fosse mais eficaz.
Nos testes, o grupo de pacientes com câncer de pulmão (tumores grandes), que , tiveram sobrevida aumentada em 37 meses versos 20 meses no grupo não vacinado. Pacientes com tumores menores ou pouca atividade imune prévia tiveram as maiores melhorias de sobrevida.
A equipe afirma que, se confirmados por ensaios randomizados, esses resultados podem levar vacinas mRNA já comercialmente disponíveis a serem consideradas como parte do tratamento padrão ao lado de imunoterapia para câncer.
Embora os resultados sejam animadores, , e há necessidade de ensaios clínicos randomizados para confirmar causalidade e viabilidade.
Ainda assim, a ideia de que vacinas mRNA — até então usadas para prevenção de infecção viral — possam auxiliar no tratamento de câncer abre caminho para uma nova fronteira da imunoterapia.
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Por: Metrópoles





