• Sábado, 13 de dezembro de 2025

Uso de testosterona por mulheres é condenado por sociedades médicas

Nota conjunta de restringe testosterona a indicação específica e alerta riscos graves do uso hormonal fora de critérios científicos

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) restringindo o uso de testosterona por mulheres. O documento, publicado na quinta-feira (11/12), busca orientar condutas clínicas com base em evidências científicas consolidadas e criticam o aumento de . Com isso, o texto e outros hormônios com fins estéticos, que já eram condenados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Leia também Só um uso para a testosterona em mulheres Segundo o comunicado, a única indicação reconhecida para tratamento com testosterona em mulheres envolve transtorno do desejo sexual hipoativo. A recomendação se aplica de forma específica a mulheres na pós-menopausa, após avaliação clínica criteriosa de riscos e benefícios. As entidades destacam que não existem outras indicações validadas. “Não há respaldo científico para uso com objetivo de disposição, ganho muscular ou emagrecimento. Também não existe base para propostas de rejuvenescimento hormonal”, esclarece a nota. O texto ressalta que a prescrição fora desse contexto A lista inclui efeitos virilizantes como engrossamento da voz, crescimento de pelos e do clitóris, além de riscos cardiovasculares e metabólicos, além de impactos reprodutivos. “O uso de testosterona fora da única indicação em mulheres aumenta o risco de toxicidade e tumores de fígado, alterações psicológicas e psiquiátricas, infertilidade e potenciais repercussões cardiovasculares como hipertensão arterial, arritmias, embolias, tromboses, infarto, AVC e aumento da mortalidade, além de alterações de outros exames laboratoriais, como os de colesterol e triglicerídeos”, sustentam. Anvisa não aprova formulações femininas A nota destaca que a com isso é difícil estabelecer indicativos de qualidade, segurança e eficácia nesse público. As entidades afirmam que não existem valores de referência validados que definam parâmetros para uma deficiência androgênica feminina tratável. A ausência desses parâmetros impede o diagnóstico seguro e “Cansaço, baixa energia ou alterações corporais não configuram indicação reconhecida. A avaliação clínica deve considerar múltiplos fatores”, dizem. As entidades afirmam que a nota busca esclarecer e proteger tanto médicos como pacientes para protegê-los de promessas terapêuticas sem base técnica.
Por: Metrópoles

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