O uso intenso e diversificado da inteligência artificial por alunos e professores do Ensino Médio ainda é realizado sem diretrizes claras, ampliando dúvidas sobre o aproveitamento das oportunidades trazidas por essa tecnologia.
A constatação é do estudo “Inteligência Artificial na Educação: usos, oportunidades e riscos no cenário brasileiro”, conduzido pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), que entrevistou alunos e professores de escolas públicas e privadas em São Paulo e no Recife. Eis a íntegra do estudo (8 MB –PDF).
Segundo a pesquisa, os professores adotam a tecnologia majoritariamente para reduzir a sobrecarga de trabalho, planejando aulas, criando atividades e preparando materiais didáticos, buscando agilidade e novas abordagens para o ensino.
Os professores reconhecem que os alunos utilizam tecnologia para escrever textos, resolver exercícios e preparar apresentações. Mesmo assim, não se sentem seguros para discutir criticamente esse uso.
O estudo também aponta desigualdades na adoção da IA entre as redes pública e privada. Em escolas particulares, estudantes e docentes relatam maior familiaridade e acesso às ferramentas. Já nas instituições públicas, persistem dificuldades de conectividade e escassez de equipamentos.
“O estudo mostra que a IA já está presente no universo escolar brasileiro, mas o uso é realizado de modo espontâneo e desigual. Professores e alunos vivem o desafio de aprender a lidar com uma tecnologia que se disseminou rapidamente, colocando novas reflexões e demandas às políticas educacionais e à formação docente”, disse Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.





