A UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) aprovou na 6ª feira (28.mar.2025) a concessão do título de doutor honoris causa para o cantor e compositor Gilberto Gil, 82 anos. O reconhecimento se deve à contribuição do artista nas áreas artística, política e intelectual.
A proposta partiu do Departamento de Antropologia e foi encaminhada pelo IFCH (Instituto de Filosofia e Ciências Humanas). A universidade exaltou o papel de Gil no movimento Tropicália e na resistência à ditadura militar (1964-1985), quando o artista foi preso e exilado.
“Sua maior contribuição para a política cultural brasileira está na reformulação radical do próprio objeto e do âmbito de atuação da mesma, uma vez que Gil trocou a noção elitista e restrita de cultura que marcara o ministério até aquele momento, por uma definição mais ampla do termo, tomada de empréstimo, exatamente, da Antropologia”, definiu o parecer do Conselho Universitário.
O cantor e compositor foi Ministro da Cultura de 2003 a 2008, no 1º e 2º mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre suas ações, destacam-se a reformulação da Lei Rouanet de incentivo à cultura e a criação do Programa Cultura Viva.
Ao longo de sua carreira, Gil recebeu várias distinções, incluindo a Ordre des Arts et des Lettres e a Légion d’Honneur do governo francês, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique do governo português, além de prêmios musicais e reconhecimentos pela Unesco.
Em 2022, foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras. Em 2024, recebeu o título de doutor honoris causa da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
