Hamas busca mais negociações
Em sua resposta ao plano de Trump, o Hamas disse que "aprecia os esforços árabes, islâmicos e internacionais, bem como os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, pedindo o fim da guerra na Faixa de Gaza, a troca de prisioneiros (e) a entrada imediata de ajuda", entre outros termos. O Hamas disse que estava anunciando sua "aprovação da libertação de todos os prisioneiros de ocupação -- tanto vivos quanto mortos -- de acordo com a fórmula de troca contida na proposta do presidente Trump, com as condições de campo necessárias para implementar a troca". Mas o Hamas acrescentou: "Nesse contexto, o movimento afirma sua disposição de entrar imediatamente, por meio dos mediadores, em negociações para discutir os detalhes". O grupo disse que estava pronto "para entregar a administração da Faixa de Gaza a um corpo palestino de independentes (tecnocratas) com base no consenso nacional palestino e apoiado pelo suporte árabe e islâmico". O Hamas já havia oferecido a libertação de todos os reféns e a entrega da administração da Faixa de Gaza a um órgão diferente. O plano de Trump especifica um cessar-fogo imediato, uma troca de todos os reféns mantidos pelo Hamas por prisioneiros palestinos mantidos por Israel, uma retirada israelense de Gaza, o desarmamento do Hamas e a introdução de um governo de transição liderado por um órgão internacional.Trump alertou anteriormente sobre "inferno"
Mais cedo na sexta-feira, Trump alertou que "todo o INFERNO" se instalaria em Gaza se o Hamas não concordasse com sua proposta para o enclave. "Um acordo precisa ser alcançado com o Hamas até domingo, SEIS (6) P.M., horário de Washington, D.C. (19h de Brasília)", escreveu Trump nesta sexta-feira no Truth Social. Trump acrescentou: "Todos os países assinaram! Se esse acordo de ÚLTIMA CHANCE não for alcançado, todo o INFERNO, como nunca visto antes, se desencadeará contra o Hamas". Depois de apresentar seu plano aos países árabes e muçulmanos na semana passada, Trump recebeu Benjamin Netanyahu na Casa Branca, onde o primeiro-ministro israelense endossou o documento, dizendo que ele satisfazia os objetivos de guerra de Israel. O Hamas não esteve envolvido nas negociações que levaram à proposta, que pede que o grupo militante islâmico se desarme, uma exigência que ele já havia rejeitado anteriormente. * Reportagem de Nidal al-Mughrabi, Yomna Ehab e Ahmed Tolba no Cairo; Bhargav Acharya e Doina Chiacu em Washington; Andrew Mills em Doha e Michelle Nichols nas Nações Unidas * É proibida a reprodução deste conteúdo Relacionadas
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