O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), confirmou em entrevista à Fox Business Network nesta 6ª feira (17.out.205) que se reunirá com o presidente da China, Xi Jinping (Partido Comunista da China, esquerda), na Coreia do Sul, de 31 de outubro a 1º de novembro de 2025. O encontro será realizado durante a cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) em um momento de nova escalada nas disputas comerciais entre os 2 países.
As tensões aumentaram depois que Washington impôs tarifas adicionais de 100% sobre produtos chineses. A medida foi uma resposta à decisão de Pequim de reforçar o controle sobre a exportação de terras raras e outros minerais críticos, criando licenças e restrições que impactam setores estratégicos norte-americanos.
Em retaliação, a China, maior compradora de soja dos Estados Unidos, suspendeu as importações do produto, afetando o agronegócio norte-americano.
Durante a entrevista, Trump afirmou que mantém um bom relacionamento com Xi, mas criticou a atitude da China. “Eles estão sempre buscando uma vantagem. Eles exploraram nosso país por anos”, disse o presidente norte-americano.
Trump sinalizou que as tarifas têm limites. “Não é sustentável [as tarifas de 100%], mas é o que o número é. Provavelmente, não, mas pode suportar. Mas eles me forçaram a fazer isso”, afirmou.
Apesar das tensões, Trump demonstrou otimismo em relação ao encontro. “Eu acho que nós vamos nos encontrar bem com a China. Eu me sinto muito bem com ele (Xi Jinping). Ele é um líder muito forte, um homem muito incrível”, disse.
A reunião na Coreia do Sul será o 1º encontro direto entre os 2 líderes desde o aumento das tarifas.
