O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), afirmou nesta 4ª feira (25.jun.2025) que a participação norte-americana nos ataques israelenses contra instalações nucleares iranianas foi determinante para o término das hostilidades. A declaração se deu durante a cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em Haia (Holanda). As informações são da Reuters.
“Foi muito severo. Foi obliteração”, disse Trump sobre os bombardeios às instalações nucleares iranianas. O republicano manifestou confiança de que o Irã não tentará reconstruir seus locais nucleares. “A última coisa que eles querem fazer agora é enriquecer qualquer coisa. Eles querem se recuperar”, declarou.
Trump contestou uma avaliação inicial da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA que indicava que o programa nuclear iraniano teria sofrido um retrocesso de apenas alguns meses. O presidente norte-americano classificou tais conclusões como “inconclusivas” e expressou sua visão sobre os danos causados.
Ele também afirmou que os Estados Unidos impediriam qualquer tentativa iraniana de retomar seu programa nuclear. “Não deixaremos isso acontecer. Número 1, militarmente não deixaremos”, disse. O presidente acrescentou: “Acho que acabaremos tendo algum tipo de relacionamento com o Irã para garantir isso”.
O enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, afirmou na 3ª feira (24.jun) que as conversas entre Estados Unidos e Irã eram “promissoras” e que Washington tinha esperança de “um acordo de paz de longo prazo que ressuscite o Irã”.
O conflito entre Irã e Israel começou em 12 de junho de 2025 com um ataque surpresa israelense e representou o confronto mais grave já registrado entre os 2 países historicamente inimigos. A campanha militar de Israel matou a alta cúpula militar iraniana, cientistas nucleares e atingiu instalações nucleares e mísseis do país persa.
Autoridades iranianas informaram que o conflito causou 610 mortes e quase 5.000 feridos no Irã. A extensão dos danos não pode ser confirmada independentemente devido às restrições impostas à mídia no país. Em Israel, 28 pessoas foram mortas durante os ataques.
O Irã aprovou na 2ª feira (23.jun) um projeto de lei para suspender a cooperação com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).