• Terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Trump avalia pressão à Venezuela após Maduro descumprir prazo, diz agência

Maduro pediu por anistia legal e completa a ele e a seus familiares; presidente norte-americano negou a proposta e avalia novas formas de pressionar o país latino.

O presidente dos EUA (Estados Unidos), Donald Trump (republicano), reuniu-se com assessores nesta 2ª feira (1º.dez.2025) para discutir formas de pressionar a Venezuela, após o presidente venezuelano, Nicolás Maduro (PSUV, esquerda), descumprir o prazo para deixar o país. O ultimato imposto por Trump expirou na 6ª feira (28.nov), conforme noticiou a agência Reuters nesta 2ª feira (1º.dez).

O encontro do presidente dos EUA foi realizado com integrantes da equipe de segurança nacional, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington. Mais detalhes sobre a conversa não foram divulgados.

Durante telefonema em 21 de novembro, Maduro fez uma série de pedidos a Trump para deixar a Venezuela em troca de uma possível renúncia. As condições do líder venezuelano incluíam anistia legal e completa a ele e a seus familiares, com a remoção de todas as sanções estadunidenses, além de retirada de acusações do Tribunal Penal Internacional e a suspensão de sanções contra mais de 100 funcionários do governo venezuelano.

Trump recusou os pedidos e deu a Maduro o prazo de uma semana para que ele deixasse a Venezuela para o destino de sua escolha, acompanhado de seus familiares. Passado o prazo, o presidente venezuelano continuou no país.

Em aparição pública nesta 2ª feira (1º.dez), o presidente venezuelano jurou lealdade ao país. A fala se deu durante uma marcha convocada pelo governo da Venezuela para empossar novos líderes locais do partido governista PSUV.

“Tenham certeza de que, assim como jurei diante do corpo do nosso comandante Chávez antes de me despedir dele, lealdade absoluta ao custo da minha própria vida e tranquilidade, eu juro a vocês lealdade absoluta até o fim, enquanto pudermos viver esta bela e heróica história”, disse Maduro. 

No no domingo (30.nov), Maduro enviou uma carta à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), pedindo que o grupo ajude seu país a combater as “crescentes e ilegais ameaças” dos Estados Unidos e de seu presidente.

O líder venezuelano acusou os EUA de tentarem “se apoderar” das reservas de petróleo da Venezuela. Também denunciou o “uso de força militar letal contra o território, o povo e as instituições do país”.

Até esta 2ª feira (1º.dez), os EUA já haviam destruído ao menos 16 embarcações no Mar do Caribe e Pacífico e posicionado o porta-aviões Gerald R. Ford na região, como forma de pressionar o regime de Maduro.

Segundo fontes ouvidas pela Reuters, a permanência de Maduro levou Trump a fechar o espaço aéreo do país no sábado (29.nov). Trump confirmou no domingo (30.nov) que conversou com o presidente venezuelano, mas evitou dar detalhes do que foi discutido.

“A todas companhias aéreas, pilotos, traficantes de drogas e traficantes de pessoas, por favor considerem O ESPAÇO AÉREO ACIMA E AO REDOR DA VENEZUELA COMO TOTALMENTE FECHADO. Obrigado pela atenção!”, escreveu Trump.

O governo da Venezuela considerou a declaração uma “ameaça colonialista”. No domingo (30.nov), a Autoridade de Aeronáutica Civil da Colômbia se solidarizou com o país vizinho e disse que o espaço aéreo da Venezuela está “aberto e operando”, sem restrições que afetem a segurança dos aviões.

Por: Poder360

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