O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), disse nesta 6ª feira (3.out.2025) que o Hamas tem até 19h de domingo (5.out) –no horário de Brasília– para aceitar o plano de paz para Gaza proposto pela Casa Branca. É uma extensão de 1 dia no prazo dado pelo líder norte-americano.
O plano de paz foi apresentado por Trump ao lado do premiê israelense Benjamin Netanyahu (Likud) na 2ª feira (29.set.2025). Segundo o republicano, o acordo já recebeu o aval de Israel e de países árabes e muçulmanos.
“Os detalhes do documento são conhecidos pelo mundo, e é um grande acordo para todos! Teremos paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra. A violência e o derramamento de sangue cessarão. Libertem os reféns, todos eles, incluindo os corpos dos mortos, agora!”, escreveu Trump em seu perfil no Truth Social.
Trump também ameaçou os integrantes do grupo extremista. Disse que essa é a última chance para os combatentes se renderem e terem suas vidas “poupadas”. O presidente dos EUA afirmou que 25.000 soldados do Hamas já foram mortos em resposta ao ataque de 7 de outubro de 2023 e que os demais estão “militarmente presos” e serão “caçados e mortos” caso se recusem a aceitar o projeto de paz.
O republicano ainda alertou à população da Faixa de Gaza sobre ataques a líderes do grupo. Pediu aos palestinos que deixem áreas com “grande potencial de morte no futuro” e se encaminhem para partes mais seguras do enclave. “Todos serão bem cuidados por aqueles que estão esperando para ajudar”, declarou Trump.
A proposta de paz de Trump apresentada na 2ª feira (29.out) culmina na criação do Estado Palestino, como pretendido pela população local, por nações árabes e por países ocidentais, que deram um passo adiante durante a 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) ao anunciarem o reconhecimento do país na região.
O acordo, no entanto, estabelece dezenas de condições e não determina um prazo para ser concluído. Eis os principais pontos da proposta:
O único prazo citado no acordo é para a libertação de reféns pelo Hamas. Os EUA exigem a soltura de todos os estrangeiros vivos e a entrega dos corpos dos que morreram em cativeiro 72 horas depois do aval oficial do plano de paz pelo governo de Israel. Depois disso, as etapas serão cumpridas mediante aprovação do futuro governo de transição.
É aí que entra um dos pontos mais debatidos do acordo: a criação de um “comitê de paz” liderado por Trump que supervisionará o governo de transição. O presidente norte-americano não deu detalhes sobre esse o grupo. Além dele, só o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair (Partido Trabalhista) foi confirmado como integrante. A Casa Branca afirma que outros chefes de Estado e de Governo ainda serão anunciados.