O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), disse neste sábado (1º.nov.2025) que pode invadir a Nigéria para “aniquilar terroristas islâmicos” em resposta à morte de cristãos por grupos jihadistas. A declaração foi dada horas depois de o governo nigeriano negar a afirmação de Trump de que há um “massacre de cristãos” no país.
O republicano também ameaçou cortar a ajuda humanitária à nação africana se o Executivo local não atuar para cessar os ataques promovidos por milícias extremistas como o Boko Haram e o Estado Islâmico da Província da África Ocidental. “O governo nigeriano deve agir rapidamente”, declarou.
“Se o governo nigeriano continuar permitindo o assassinato de cristãos, os EUA suspenderão imediatamente toda a ajuda e assistência à Nigéria e poderão muito bem invadir esse país agora desonrado, “com armas em punho”, para aniquilar completamente os terroristas islâmicos que estão cometendo essas atrocidades horríveis. Estou instruindo nosso Departamento de Guerra a se preparar para uma possível ação. Se atacarmos, será rápido, brutal e certeiro, assim como os terroristas atacam nossos queridos cristãos”, escreveu Trump em seu perfil no Truth Social.
Na 6ª feira (31.out), o presidente norte-americano disse em outra publicação na sua rede social que o cristianismo enfrentava uma “ameaça existencial” na Nigéria. O país mais populoso da África é hoje dividido entre cristãos (ao sul do território) e muçulmanos (ao norte), mas os seguidores do islã são maioria e estão em expansão.
Trump também designou a Nigéria como um “país de preocupação especial”, o que pode levar o governo dos EUA a aplicarem sanções econômicas contra a 4ª maior economia africana.
Em declaração neste domingo (1º.nov), o presidente nigeriano, Bola Tinubu (Congresso de Todos os Progressistas, centro), rechaçou as críticas de Trump e disse que o país preza pela liberdade e tolerância religiosa. “A Nigéria é um país com garantias constitucionais para proteger cidadãos de todas as crenças”, completou o chefe de Estado.
