• Quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Trombose: especialista fala sobre o tema e alerta para perigos e sintomas

Professora do Curso de Fisioterapia da Universidade Unopar Anhanguera compartilha algumas dicas para evitar casos de trombose

Em setembro, é o mês da conscientização do combate à trombose, uma data instituída pelo Congresso Nacional para sensibilizar a população brasileira sobre o tema, evidenciando seus risco e formas de prevenção. A doença é uma das principais causas de mortalidade no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu como meta global a redução em 25% do número de mortes prematuras por doenças não infecciosas até 2025.

A professora do Curso de Fisioterapia da Universidade Unopar Anhanguera, Edine Kavano Kitahara, explica que a trombose se caracteriza, principalmente, pelo desenvolvimento de um coágulo dentro de um vaso sanguíneo, o que causa o entupimento dele e dificulta o retorno venoso ao coração. “A trombose é um problema silencioso e frequentemente assintomático, o que torna a compreensão e a vigilância essenciais. Ela geralmente ocorre nas veias das pernas, conhecida como trombose venosa profunda, ou pode se manifestar nos pulmões como uma embolia pulmonar”, afirma.

Para evitar o problema de saúde, alguns fatores externos de risco devem ser observados como imobilização prolongada, tabagismo e uso de anticoncepcionais, ou em casos de cirurgias, hospitalizações e fraturas. "Como profissionais de enfermagem, nossa responsabilidade é oferecer cuidados eficazes e compassivos para pacientes com trombose. Isso inclui fornecer apoio emocional e educacional, explicar o tratamento de forma clara, monitorar a resposta do paciente e assegurar que eles entendam a importância de seguir as orientações médicas”.

Sobre os sintomas, a professora lista alguns que devem se ter atenção: dor, edema (inchaço) unilateral, vermelhidão na pele, cianose (coloração azul arroxeada), dilatação do sistema venoso superficial, aumento da temperatura local, empastamento muscular (rigidez da musculatura da panturrilha) e dor à palpação.

Riscos no avião

Durante viagens de avião, em razão do espaço reduzido para movimentação, é natural que as pessoas passem mais tempo na mesma posição, prejudicando o retorno do sangue venoso para o coração. Mais comuns em pessoas com predisposição a ter trombose, os sintomas que podem surgir são inchaço na panturrilha, com ou sem dor, e calor no local. “A recomendação é optar por roupas confortáveis que não restrinjam nenhuma parte do corpo, beber bastante água para manter-se hidratado e estimular a vontade de urinar, o que contribui para movimentação e pausas frequentes. É importante evitar ficar na mesma posição por mais de duas horas; mantenha-se em movimento sempre que possível”, conclui a docente.  

Fisioterapia para trombose

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