Troca de ataques entre Irã e Israel já matou ao menos 248 pessoas
A maioria das vítimas é de civis e morreu dentro do território iraniano. Até o momento, não há perspectiva de cessar-fogo
O conflito entre e já matou ao menos 248 pessoas desde a quinta-feira (12/6), quando ocorreu o primeiro ataque. A maioria das vítimas, até então, é de civis iranianos. O governo de Israel admite oficialmente a morte de 24 pessoas, enquanto a estatística do Irã menciona, até o momento, 224 pessoas mortas.
A organização não governamental (ONG) Human Rights Activists News Agency (Hrana), no entanto, fala em um número ainda maior. Segundo os dados, 452 pessoas já teriam morrido no território iraniano, em decorrência dos bombardeiros de Israel, o que elevaria o número de vítimas, no país, para o dobro da informação oficial.
De acordo com a organização, das 452 mortes no Irã, 224 são civis, 109 são militares e há 119 não especificados.
O que Israel alegou para atacar o Irã
Israel afirma que o programa iraniano de enriquecimento de urânio não teria fins pacíficos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em pronunciamento na quinta que o Irã teria urânio suficiente para fabricar nove bombas atômicas. Não foram apresentadas informações que fundamentassem a afirmação.
Netanyahu argumentou temer que o Irã promovesse um genocídio do povo judeu. Ele acrescentou que o país inimigo poderia conseguir a dentro de “alguns meses” ou em “cerca de um ano”.
A ONG Hrana também reporta a existência de 646 pessoas feridas no Irã. A instituição tem registrado os incidentes com local, hora, número de mortos e feridos, e especificação das características básicas da área afetada.
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Cessar-fogo
Até o momento, o conflito não tem perspectiva de um cessar-fogo. Nesta terça, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração, por meio da rede social dele (Truth Social), na qual exigiu a .
“Sabemos exatamente onde o chamado ‘líder Supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos matá-lo, pelo menos não por enquanto. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando”, escreveu Trump.
Na segunda-feira (16/6), Trump fez afirmações de que o Irã teria se negado a assinar um acordo. O teor das propostas não é conhecido até o momento. Depois disto, o presidente norte-americano deixou precocemente o encontro do G7 – grupo das sete maiores economias do mundo – no Canadá e retornou para os EUA.
Líderes iranianos fizeram publicações na segunda sinalizando um pedido de ajuda dos EUA para interromper o conflito. No Canadá, presidentes das nações mais poderosas afirmaram que Trump deu indicativos de que queria uma reunião ainda esta semana entre autoridades norte-americanas e iranianas para tratar do conflito no Oriente Médio.
Na madrugada desta terça-feira (18/6), no horário local, o Irã retomou os bombardeios aéreos com mísseis disparados contra Israel.
Por: Metrópoles