O relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do 8 de Janeiro da CLDF (Câmara Legislativa do Distrito Federal), deputado Hermeto (MDB), disse em depoimento ao STF nesta 6ª feira (30.mai.2025) que não indiciou o ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres porque não o considerou responsável pelos atos extremistas.
O deputado argumentou que Torres estava de férias quando os atos aconteceram e que, no dia dos atos extremistas, havia outras pessoas no comando da secretaria de segurança.
Hermeto afirmou que a ida de Torres aos EUA foi comunicada com antecedência ao general Gustavo Dutra, que à época era do Comando Militar do Planalto e teria dito ao ex-secretário que os acampamentos haviam sido desmobilizados.
“No dia 6, houve uma reunião da SSP [Secretaria de Segurança Pública] com os secretários Fernando Oliveira [que é réu no processo] e Cíntia [ex-subsecretária], que disseram que não havia preocupação porque os acampamentos estavam desmobilizados. Amenizaram o risco. Os ônibus não tinham chegado. Eles negligenciaram [e] por isso, os indiciei”, disse Hermeto.
O deputado foi chamado como testemunha pela defesa de Torres na ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. As oitivas são conduzidas pelo ministro relator Alexandre de Moraes.