• Quinta-feira, 31 de julho de 2025

Tarifaço exige negociação, e não retaliação, diz indústria

Confederação Nacional da Indústria afirma que propôs ao governo 8 medidas para atenuar efeitos da sobretaxa de 50% dos EUA.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) defendeu nesta 4ª feira (30.jul.2025) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) priorize a negociação com os Estados Unidos em relação ao tarifaço sobre produtos brasileiros. A entidade também reforçou que a decisão da Casa Branca “causa grande preocupação”.

Estão entre as consequências listadas:

“A confirmação da aplicação da sobretaxa sobre os produtos brasileiros, ainda que com exceções, penaliza de forma significativa a indústria nacional, com impactos diretos sobre a competitividade. Não há justificativa técnica ou econômica para o aumento das tarifas, mas acreditamos que não é hora de retaliar. Seguimos defendendo a negociação como forma de convencer o governo americano que essa medida é uma relação de perde-perde para os 2 países, não apenas para o Brasil”, declarou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Eis a nota (PDF – 375 kB) da confederação.

A CNI afirma que entregou uma lista com 8 medidas ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta 4ª feira (30.jul). Eis as sugestões:

A Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) também disse ter “preocupação” com o decreto publicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

“Embora itens como petróleo, produtos da metalurgia, aeronaves e equipamentos industriais tenham sido preservados da nova tributação, é fundamental que o governo brasileiro adote medidas diplomáticas urgentes para mitigar os efeitos negativos sobre os setores excluídos da isenção”, declarou em nota (íntegra – PDF – 53 kB).

A entidade reforçou que itens como café, carnes, açúcar e etanol seguem sobretaxados. Disse que isso “compromete seriamente a competitividade dessas cadeias produtivas no mercado norte-americano”.

Ao falar sobre produtos mineiros, a Fiemg disse que a isenção anunciada sobre determinados produtos equivale a 37% do que é exportado aos EUA (US$ 1,7 bilhão). .

“A entidade segue acompanhando com atenção os desdobramentos da medida e seus impactos sobre a indústria mineira. Reforça ainda a necessidade de uma atuação firme do governo federal para negociar com as autoridades norte-americanas um acordo que contemple todos os setores industriais brasileiros exportadores não incluídos entre as exceções, que poderão ser duramente impactados com uma tarifação total que chega a 50%”, acrescentou.

Por: Poder360

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