Tarifaço de Trump: suco de laranja volta a disparar em Nova York
O mercado norte-americano é destino de mais de 40% das exportações de suco de laranja do Brasil. País o maior alvo das tarifas de Trump
, os contratos do suco de negociados na Bolsa de Valores de Nova York () continuavam operando em forte alta nesta segunda-feira (14/7), sob impacto do novo tarifaço comercial imposto pelo governo dos .
O mercado norte-americano é destino de mais de 40% das exportações de suco de laranja do Brasil. .
O que aconteceu
Os contratos do suco de laranja registravam alta de mais de 8% nesta segunda-feira, cotados a US$ 3,1200 por libra-peso.
Por volta das 11h30 (pelo horário de Brasília), os papéis avançavam mais de 7%.
Na semana passada, os contratos do suco de laranja em Nova York subiram 6%, na quinta-feira (10/7), e 9,5%, na sexta-feira (11/7).
Exportações
O Brasil exportou para os EUA mais de 41% dos volumes de suco de laranja embarcados na safra 2024/2025, que terminou no dia 30 de junho, com um faturamento total de US$ 1,3 bilhão. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior ().
Segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (), em abril deste ano, quando o governo Trump anunciou uma tarifa adicional de 10% sobre produtos brasileiros, a estimativa era de um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão por ano em exportações.
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A entidade estimou, na ocasião, que o setor teria custos adicionais de R$ 585 milhões por ano, levando em consideração uma projeção de 235,5 mil toneladas exportadas aos EUA por ano.
Entre janeiro e maio de 2025, segundo dados do , o Brasil exportou 570 mil toneladas de suco de laranja para os EUA, somando US$ 692,2 milhões.
Para a CitrusBR, que reúne os principais exportadores do setor, o tarifaço de Trump praticamente inviabiliza as exportações para os EUA. “Trata-se de uma condição insustentável para o setor, que não possui margem para absorver esse tipo de impacto”, diz a entidade.
Outros preços
Também nesta segunda-feira, os contratos do café com entrega para setembro operavam em alta de 3,16%, a US$ 2,9580 por libra-peso.
Em relação aos contratos do cacau também para setembro, os papéis recuavam 0,27%, a US$ 8.155 por tonelada.
O açúcar, por sua vez, também operava no negativo, em queda de 0,42%, com os contratos para outubro negociados a 16,48 centavos de dólar por libra-peso.
Já os contratos para outubro do algodão subiam 0,56%, a 66,57 centavos de dólar por libra-peso.
Por: Metrópoles