O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a AGU (Advocacia Geral da União) inclua no pedido de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP), feito à Itália, a ação penal em que ela é ré por perseguição armada a um apoiador do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em outubro de 2022 –véspera do 2º turno da eleição presidencial.
A decisão foi tomada na 6ª feira (1º.ago.2025), depois de o ministro do Supremo Nunes Marques liberar o processo para julgamento no STF. A análise estava suspensa desde março por pedido de vista. Apesar da pausa, já havia a Corte já obteve maioria para condenar a congressista nesse caso. As informações são do jornal O Globo.
A deputada foi condenada em maio a 10 anos de prisão por participação no ataque hacker ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Segundo o STF, ela agiu em conjunto com o hacker Walter Delgatti Neto, que executou a invasão para emitir um falso mandado de prisão contra Moraes.
Ela, então, deixou o Brasil em junho e estava foragida. O nome de Zambelli foi incluído na lista vermelha da Interpol em 5 de junho.
Para evitar a perda automática de mandato, a deputada pediu uma licença à Câmara. Em junho, ela foi autorizada a tirar 127 dias. Caso continue ausente quando o prazo terminar, poderá ser cassada.
Na última 3ª feira (29.jul), Zambelli foi presa na Itália depois de 2 meses no país europeu. A Justiça italiana manteve sua prisão após audiência de custódia realizada na 6ª feira (1º.ago).
Durante a audiência, Zambelli –que tem cidadania italiana– declarou-se inocente e afirmou ser alvo de perseguição política. Disse ainda que não pretende retornar ao Brasil e quer ser julgada novamente na Itália. Ela está detida na penitenciária feminina de Rebibbia, nos arredores de Roma.