• Sábado, 13 de setembro de 2025

Sindicato dos Bancários vai à Justiça contra Itaú após demissões

De acordo com o sindicato, as demissões atingiram cerca de mil trabalhadores do Itaú e teriam ocorrido sem aviso prévio à entidade

O acionou a Justiça contra o Unibanco, após . De acordo com o sindicato, as demissões atingiram cerca de mil trabalhadores do Itaú e teriam ocorrido sem aviso prévio à entidade. Em comunicado divulgado na noite dessa quinta-feira (11/9), o Sindicato dos Bancários afirma que, “além de injustificáveis diante do lucro bilionário do banco – que alcançou mais de R$ 22,6 bilhões apenas no último semestre –, as demissões em massa promovidas pelo Itaú desrespeitam os trabalhadores, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária e a legislação brasileira, que determinam a necessidade de negociação prévia com o movimento sindical em casos como este”. “Ouvimos os trabalhadores demitidos na plenária realizada nesta quinta-feira (11). O Itaú descumpriu regras básicas de proteção ao emprego e desconsiderou a mesa de negociação coletiva. Um banco que lucra bilhões não pode tratar os trabalhadores como números descartáveis”, afirma o sindicato, na nota. “Vamos acionar a Justiça para reverter esse ataque e responsabilizar o Itaú por esse desrespeito à lei e à categoria”, completa a entidade. O Metrópoles entrou em contato com o Itaú na manhã desta sexta-feira (12/9). Até a publicação desta reportagem, o  banco ainda não havia se manifestado sobre a ação do sindicato. O espaço segue aberto para o posicionamento da instituição financeira. Leia também Demissões em massa no Itaú No início desta semana, , o Itaú realizou demissões em massa. A instituição financeira justificou os cortes como . No fim da manhã de segunda-feira, as dispensas já eram comentadas nas redes sociais. Os posts citavam que os alvos eram funcionários que ligavam seus computadores, mas não trabalhavam regularmente. Em nota enviada ao Metrópoles, na ocasião, o banco informou que “realiza avaliações de desempenho e alinhamento cultural como parte de sua gestão de pessoas”. Sobre as demissões, o Itaú acrescentou: “Os desligamentos de hoje foram conduzidos de forma criteriosa, considerando diversos aspectos do trabalho e a aderência às necessidades atuais do banco. Essas ações têm como objetivo fortalecer nossa cultura organizacional e a entrega de resultados”. Falta de “produtividade” no home office Na quarta-feira (10/9), o Itaú informou que alguns funcionários em home office, entre os cerca de mil trabalhadores demitidos por “problemas de produtividade”, . “O Itaú identificou uma minoria de colaboradores em jornadas de trabalho remoto com baixos níveis de atividade digital, sendo esse um padrão de comportamento e não situações pontuais”, disse o banco. “Alguns desses casos, os mais críticos, chegaram a patamares de 20% de atividade digital no dia – de forma sistemática, ao longo de quatro meses – e ainda assim registraram horas extras naqueles mesmos dias, sem que houvesse causa que justificasse.” No comunicado, o banco cita um exemplo que define como “real”. “Em uma área com 316 analistas, de cargos equiparáveis e com média de atividade digital de 72%, enquanto colaboradores desligados apresentavam entre 27 e 37% de atividade digital em quatro meses, além do uso de horas extras”, afirma o texto. “Em outra estrutura”, acrescenta o Itaú, “com 30 analistas com média de atividade digital de 75%, o colaborador desligado apresentou 39% de atividade, também com horas extras registradas”. A instituição financeira observou que a média geral de atividade digital do banco em home office é de cerca de 75%. Esse patamar é definido como “adequado” pelo banco, “considerando sazonalidades, horas de intervalo e descanso”. “Assim, os casos identificados denotam desvio do padrão de comportamento em relação à maioria dos colaboradores em regime híbrido, o que resulta em quebra de confiança”, acrescenta a nota. “É por esse motivo que foram desligados alguns colaboradores com boa avaliação de performance.”
Por: Metrópoles

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