Os republicanos do Senado dos Estados Unidos apresentaram na 2ª feira (16.jun.2025) alterações ao projeto de corte de impostos e gastos do presidente Donald Trump (Partido Republicano). As mudanças incluem tornar permanentes algumas isenções fiscais para empresas e manter o limite atual de US$ 10.000 para deduções de impostos estaduais e locais –o que contraria a versão da Câmara, que propunha elevar esse teto para US$ 40.000.
As divergências entre Senado e Câmara, ambos sob controle republicano, dificultam a aprovação da proposta até 4 de julho, prazo desejado pela liderança do partido. O texto é considerado peça central das propostas internas do 2º mandato de Trump, segundo informações da Reuters.
No próprio Senado, a proposta enfrenta resistência de duas alas do Partido Republicano: uma exige cortes mais profundos nos gastos para conter o deficit federal; outra quer proteger programas sociais como o Medicaid. A proposta do Senado limitaria a taxa sobre prestadores de serviços de saúde a 3,5% até 2031 –atualmente de 6%–, o que pode afetar Estados que expandiram a cobertura do Medicaid. Segundo o CBO (Escritório de Orçamento do Congresso), cerca de 4,8 milhões de beneficiários perderiam o seguro.
Outras medidas incluídas são:
A proposta tem apoio limitado mesmo entre republicanos. O senador Ron Johnson (Wisconsin) criticou a falta de cortes no deficit, enquanto Josh Hawley (Missouri) demonstrou preocupação com o impacto nos hospitais rurais. O presidente do Comitê de Finanças, Mike Crapo (Idaho), tenta manter a coordenação com a Câmara e o governo Trump. O democrata Chuck Schumer (Nova York) disse que os cortes no Medicaid são “devastadores”. O senador John Hoeven (Dakota do Norte) afirmou que o texto ainda passará por mudanças.