• Segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Sem acordo, greve de funcionários da Petrobras entra no 8º dia

Segundo sindicatos, proposta da direção da Petrobras não contempla, integralmente, as reivindicações dos funcionários da ativa e aposentados

A greve nacional dos trabalhadores da entrou no oitavo dia, nesta segunda-feira (22/12), ainda sem acordo entre os funcionários e a direção da companhia. A Petrobras apresentou a quarta contraproposta no âmbito do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), mas ela não foi aceita pela Federação Única dos Petroleiros () e pela Federação Nacional dos Petroleiros (), que representam os trabalhadores. O que dizem os sindicatos Segundo os sindicatos, a oferta da direção da Petrobras não contempla, integralmente, as reivindicações dos funcionários da ativa e aposentados. A reunião entre os sindicalistas e a empresa ocorreu no domingo (21/12). De acordo com a FUP, no entanto, houve “avanços significativos” nas negociações. A entidade cobra que “a proposta seja seguida por todas as subsidiárias” e “que não haja descontos dos dias parados na greve nem punições aos grevistas A FUP defende ainda que “seja garantida a hospedagem para os trabalhadores offshore”. “Além disso, foi cobrado da Petrobras que apresente uma carta-compromisso para a solução dos Planos de Equacionamento dos Déficits da Petros (PEDs)”, diz a entidade. A FNP e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (), por sua vez, classificaram os números apresentados pela como insuficientes “diante da lucratividade recorde da empresa e dos dividendos distribuídos aos acionistas”. Leia também O que diz a Petrobras Em nota, a Petrobras afirmou que fez ajustes na proposta, “contemplando avanços nos principais pleitos sindicais”, mas não forneceu mais detalhes. Até o momento, de acordo com os sindicatos, a paralisação dos funcionários da Petrobras atinge nove refinarias, 28 plataformas offshore, 16 terminais operacionais, quatro termelétricas, duas usinas de biodiesel, dez instalações terrestres operacionais, duas bases administrativas e três unidades de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). Greve teve início no dia 15 . Segundo a FUP, a paralisação é por tempo indeterminado. A decisão de entrar em greve foi motivada pela falta de acordo entre funcionários e a direção da Petrobras, cuja contraproposta foi rechaçada pelos trabalhadores em meio às negociações sobre o acordo coletivo. Segundo os trabalhadores, a contraproposta apresentada pela Petrobras foi “insuficiente”. Entre os principais pontos que estavam em discussão, aparece a busca por uma solução negociada para os PEDs da Petros – o que afeta diretamente a renda de aposentados e pensionistas. Petros é a Fundação Petrobras de Seguridade Social, um fundo de pensão criado em 1970 pela Petrobras para gerenciar planos de aposentadoria complementar para seus empregados. Trata-se do segundo maior fundo de pensão do país. Os trabalhadores também defendem o que chamam de aprimoramentos no plano de cargos e salários, além de garantias de recomposição sem aplicação de mecanismos de ajuste fiscal. Em relação aos salários, os sindicatos criticaram o reajuste oferecido pela empresa, com reposição da inflação do período mais ganho real de 0,5%, somando 5,66%. Os trabalhadores querem 9,8%.
Por: Metrópoles

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